O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta sexta-feira, 23, a criação de seis novos centros de testagem da vacina CoronaVac. O objetivo é tentar chegar mais rápido aos dados de eficácia do imunizante.
“Aumentar o número de centros é aumentar a quantidade de voluntários, para que possamos chegar mais rapidamente ao número de 61 contaminados e assim fazer a análise da eficiência da vacina o mais rapidamente possível”, disse Doria.
Quatro centros serão instalados em hospitais localizados na periferia da capital paulista e terão supervisão do Hospital Emílio Ribas. Os outros dois, em São Caetano do Sul, na região do ABC, onde os testes já ocorrem na Faculdade de Medicina de São Caetano do Sul. De acordo com o governador, a periferia de São Paulo tem maior taxa de contaminação do que nos bairros centrais da capital.
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O estudo clínico fase 3 da CoronaVac, que tem busca atestar a segurança e eficácia da vacina, deve incluir 13.000 voluntários. Até o momento, 9.039 já receberam a vacina, segundo Doria. A eficácia de uma vacina é medida pela comparação de quantos voluntários no grupo que recebeu a vacina foram infectados pelo novo coronavírus, com o grupo placebo.
Segundo Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, com a abertura dos novos centros, a expectativa é que os dados de eficácia estejam disponíveis “em novembro, meados de dezembro”. Covas também afirmou que a linha de produção do Butantan para fabricar a vacina já está pronta, aguardando apenas a matéria-prima, que precisa ser importada na China. A importação precisa ser aprovada pela Anvisa, o que deve acontecer em até cinco dias úteis.