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Cresce o número de casos graves de Covid-19 em crianças e jovens

Segundo boletim da Fiocruz, até agosto de 2021 foram notificadas mais internações pela doença da faixa etária de 0 a 19 anos do que todo o ano de 2020

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 set 2021, 12h41
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  • Criança faz teste para a Covid-19 em São Paulo, cidade que apresenta queda de casos e mortes pela doença
    Médicos chamam a atenção para o aumento de casos graves em bebês até um ano de idade (Governo de São Paulo/Divulgação)

    A gravidade da Covid-19 em crianças e adolescentes com idade entre 0 e 19 anos teve um aumento considerável em relação ao ano passado. Segundo um boletim do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Figueira Fernandes, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ), publicado nesta sexta-feira 24, até agosto de 2021, foram notificadas 16.246 internações pela doença, com pacientes nesta faixa etária, quase 11% a mais do que todo o ano de 2020, com 14.638 hospitalizações. “Alertamos para a faixa etária de até um ano de idade, com o maior número de casos (4.117) e óbitos (326) por Covid-19, nos anos de 2020 e 2021”, alerta Márcio Nehab, pediatra infectologista do IFF/Fiocruz e organizador do documento. De acordo com o médico, mesmo a mortalidade infantil já sendo um problema no Brasil antes da pandemia, a situação se agravou bastante em 2020.

    De um modo geral, a Covid-19 se apresenta de forma mais leve em crianças e adolescentes, mas casos graves e óbitos são cada vez mais relatados. “Em uma revisão sistemática recente sobre sinais e sintomas em crianças menores de 20 anos de idade com infecção pelo SARS-CoV-2, a proporção de infecções assintomáticas variou de 15 a 42%. Febre ou calafrios e tosse são os sintomas mais comuns e os achados clínicos se sobrepõem aos de várias outras síndromes clínicas”, explica Naheb. “Considerando outros estudos em conjunto, há evidências consistentes de que alguns adolescentes terão sintomas persistentes após o teste positivo para SARS-CoV-2 e que os sintomas de saúde física e mental estão intimamente relacionados”, completa.

    Os pesquisadores alertam ainda para a necessidade de estudos específicos para a população pediátrica. Segundo o médico, é preciso também acelerar o desenvolvimento de vacinas para crianças e adolescentes, de modo a garantir segurança imunológica suficiente para o retorno de atividades escolares presenciais ou de convívio social. “Pesquisas específicas para este público vão possibilitar a avaliação da magnitude dos efeitos da pandemia na saúde física, mental e econômico-social das crianças e adolescentes. Serão fundamentais para que se possa ter uma melhor percepção destes impactos no curto, médio e longo prazo e, desta forma, se possa propor e implementar medidas de proteção ou de minimização destes efeitos para esta e futuras gerações do período pós-pandemia”, acrescenta.

    Vacinas para adolescentes

    No dia 15 de setembro, o Ministério da Saúde anunciou a suspensão da vacinação de adolescentes sem comorbidades, entre 12 e 17 anos. A decisão foi criticada por governadores de estado, que mesmo contrariando a decisão do governo federal, anunciaram que iriam manter o cronograma de vacinação. No dia seguinte à posição do governo federal, a Anvisa se manifestou mantendo a recomendação de vacinação dos adolescentes maiores de 12 anos com a vacina da Pfizer. Nesta quarta-feira 22, o órgão federal recuou da suspensão e por meio de uma nota técnica, liberou a vacinação de adolescentes sem comorbidades com o imunizante da Pfizer.

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