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Covid: Mais de 5 mil pessoas estão morrendo por dia na China, diz estudo

Estimativa foi feita pela empresa de dados de saúde Airfinity. OMS também demonstrou preocupação com a situação no país oriental

Por Diego Alejandro
22 dez 2022, 15h01
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  • Mais de 5 mil pessoas provavelmente estão morrendo todos os dias de Covid-19 na China, estimou a empresa de dados de saúde Airfinity. A avaliação diverge bastante dos dados oficiais, que relatam 1.800 casos e apenas sete mortes oficiais na semana passada.

    A empresa, com sede no Reino Unido, afirma que usou modelagem baseada em dados regionais chineses para produzir números que também colocam as infecções diárias atuais acima de um milhão. A Comissão Nacional de Saúde da China (NHC) ainda não se pronunciou sobre os números, e outras avaliações – como um estudo recente da Universidade de Hong Kong dizendo que a China chegará a 1 milhão de mortes por Covid-19. Nesta quarta-feira, 21, o país não reportou novas mortes e apenas 2.966 novos casos sintomáticos.

    Por quase três anos, o governo chinês usou bloqueios rígidos, quarentenas centralizadas, testes em massa e rastreamento rigoroso de contatos para conter a propagação do vírus. Chamada “Covid Zero”, essa estratégia, porém, foi abandonada no início deste mês, após uma onda de protestos em toda o país.

    O presidente da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a agência está “muito preocupada” com o aumento dos casos e que precisa de mais informações sobre a gravidade da Covid-19 na China, particularmente sobre internações em hospitais e unidades de terapia intensiva, “para fazer uma avaliação de risco abrangente da situação.”

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    A Airfinity prevê que o surto pode ter dois picos de 3,7 milhões por dia no meio de janeiro, em regiões onde os casos estão aumentando e 4,2 milhões por dia em março, em outras províncias. Atualmente, os casos crescem rapidamente em Pequim e na província de Guangdong, no sul, disse a empresa – juntas, elas compreendem mais de 150 milhões de habitantes.

    Em uma coletiva, Wang Guiqiang o chefe do departamento de doenças infecciosas do hospital da Universidade de Pequim, disse que apenas as mortes causadas por pneumonia e insuficiência respiratória em decorrência da Covid-19 seriam classificadas como óbitos pela doença. Ataques cardíacos ou doenças cardiovasculares que causam a morte de pessoas infectadas não receberão essa classificação.

    Já a chefe de vacinas e epidemiologia da Airfinity, Louise Blair, alega que essa mudança foi “diferente de outros países que registram mortes dentro de um período de tempo de um teste positivo e pode minimizar a extensão das mortes observadas na China”.

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