A possibilidade de haver uma vacina para combater o surto do novo coronavírus pode acontecer ainda neste ano, no mês de setembro. É o que acredita um grupo de cientistas e farmacêuticos que está desenvolvendo pesquisas na área. Os testes em humanos começaram na semana passada.
Pesquisadores da Universidade de Nova York trabalham em parceria com a empresa farmacêutica americana Pfizer e com a de biotecnologia alemã BioNTech para desenvolver a vacina. Eles afirmam que, se tudo der certo, o tratamento poderá estar pronto para ser utilizado em quatro meses.
Em entrevista para o canal americano NBC, o CEO da Pfizer Albert Bourla contou que eles estão desenvolvendo quatro variações da vacina e os testes clínicos que começaram a ser feitos nos Estados Unidos devem usar ao menos 360 pacientes – os primeiros resultados saem entre os meses de junho e julho.
A líder da pesquisa Kathrin Jansen disse à emissora que a vacina contém o RNA do vírus – ou seja, o código genético – e tenta “reprogramar o patógeno mortal da Covid-19”, o que ajudaria reduziria de forma abrupta a mortalidade causada pela doença. “É provavelmente o jeito mais fácil de se conseguir uma vacina do covid 19 para frear a pandemia”, explicou Kathrin.
Não é a primeira pesquisa que promete encontrar uma vacina para o novo coronavírus em tempo recorde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em abril que haviam setenta vacinas em desenvolvimento em todo mundo. A Universidade de Oxford, no Reino Unido, começou os testes em humanos em maio e também trabalha com a previsão de que pode encontrar uma solução em setembro.