Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) enviou aos 50 estados americanos e cinco grandes cidades do país um plano inicial de vacinação contra a Covid-19. De acordo com o documento, esses locais devem estar preparados para iniciar a campanha de vacinação de uma parcela da população entre o final de outubro e começo de novembro. No entanto, uma maior quantidade de doses deverá estar disponível apenas em 2021.
“Doses limitadas da vacina da Covid-19 podem estar disponíveis no início de novembro de 2020, mas o fornecimento da vacina aumentará substancialmente em 2021”, explica um dos documentos, de acordo com informações do jornal The New York Times. Os documentos trazem cenários detalhados para a distribuição de vacinas não identificadas – cada uma exigindo duas doses, com algumas semanas de intervalo – em hospitais, clínicas móveis e outras instalações de fácil acesso.
De acordo com a orientação, profissionais de saúde devem estar entre os primeiros a serem imunizados, junto com outros funcionários de serviços essenciais e da segurança nacional. Idosos e “populações de minorias raciais e étnicas”, nativos americanos e indivíduos encarcerados também foram priorizados nos documentos.
Essa semana, o chefe da FDA, agência que regula medicamentos e produtos de saúde nos Estados Unidos, disse que uma vacina contra a Covid-19 poderia ser aprovada para uso emergencial no país antes da conclusão dos testes clínicos de fase 3, desde que os dados apresentados pelas empresas sejam extremamente positivos e que fique comprovado que os benefícios superam os riscos.
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A autorização de um imunizante contra a doença o mais rápido possível é esperada tanto nos Estados Unidos quanto em outros países. Mas isso só pode ser feito quando houver dados que comprovem que o produto é de fato seguro e eficaz, ou sejam confere proteção contra a doença. Especialistas temem que a pressão política para acelerar a liberação coloque em risco a avaliação rigorosa exigida neste tipo de procedimento.
Atualmente, o Brasil tem 3.997.865 casos e 123.780 mortos registrados pela doença. Nesta quarta-feira, 2, a média móvel de novas notificações da doença foi de 40.101,3 e a de novos óbitos de 873,6. A média móvel semanal é calculada a partir da soma do número de casos e mortes nos últimos sete dias, dividida por sete, número de dias do período contabilizado – o que permite uma melhor avaliação ao anular variações diárias no registro e envio de dados pelos órgãos públicos de saúde, problema que ocorre principalmente aos finais de semana.