Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Covid-19: Brasil mantém a curva de mortes estável há dois meses

O chamado efeito platô indica que o país conseguiu controlar o número de óbitos, mas as taxas ainda estão altas

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 ago 2020, 19h31 - Publicado em 13 ago 2020, 19h23
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Brasil mantém um platô da curva de mortes por Covid-19 desde o final de maio, uma característica inédita na pandemia mundial. Os especialistas ainda estimam que a tendência permaneça por um longo período. Nesta quinta-feira, 13, a média móvel de novas mortes registradas no país foi de 995,7.

    O cálculo de média móvel considera os dados dos últimos sete dias divididos por sete, ou seja neutralizam as subnotificações tradicionais que ocorrem aos finais de semana ou feriados, quando as secretarias de saúde funcionam em esquema de plantão e demoram a atualizar novos casos e óbitos.

    Outros países, como Estados Unidos, México, Peru, Rússia, Bangladesh e Turquia também passaram por um período de estabilização no número de óbitos. Mas foi uma fase muito menor que a do Brasil ou com mais oscilações na curva, segundo análise mantida pelo jornal americano Financial Times.

    Por um lado, o perfil da curva brasileira indica que o país conseguiu controlar o número de mortes, o que pode ser explicado por um conjunto de fatores, como maior conhecimento e melhor manejo da doença, aumento do diagnóstico precoce, adoção de medidas de distanciamento social, mesmo parcial, e de prevenção, como uso de máscara, higiene das mãos, etc. Por outro, o patamar é considerado alto. A média ainda se mantém a cerca de 1.000 mortes diárias e indica que que a doença ainda não está sob controle.

    LEIA TAMBÉM: A transmissão do coronavírus por pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas

    A heterogeneidade do Brasil é uma das principais causas que dificulta o controle simultâneo da doença no país. “É um país de dimensão continental, com vários focos de incêndio acontecendo em diferentes momentos”, diz o infectologista e epidemiologista Bruno Scarpellini, da PUC do Rio de Janeiro, em referência às diferentes fases da pandemia nas regiões brasileiras.

    Continua após a publicidade

    O pouco rastreamento de contatos e o próprio comportamento da população, com pessoas que não respeitam as regras de distanciamento social e de prevenção, também atrapalham. “Parte da população aderiu às medidas necessárias para controle e prevenção da doença e parte não. O meio termo nessa situação não é bom. O problema continua, mas temos que interromper o máximo que der”, diz Scarpellini. Se não houver maior adesão a essas medidas e cuidados, é provável que o cenário permaneça assim por mais alguns meses.

    Em relação à média móvel de diagnósticos positivos, o Brasil totalizou 44.666,3 casos. Patamar parecido ao que tem sido contabilizado no país desde a segunda-feira, 3 (confira os dados móveis nos gráfico abaixo) e uma leve queda (-3%) em comparação com os últimos 14 dias. Após um período de alta, o país parece caminhar para uma estabilização também na curva de novos diagnósticos.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.