A farmacêutica AstraZeneca provavelmente conduzirá um estudo internacional extra para atestar a eficácia do imunizante para Covid-19 desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford.
A decisão está relacionada a descoberta ao longo da fase 3 de testes de que doses fracionadas do imunizante teriam mais eficácia do que a aplicação de duas doses completas (inicialmente previstas no estudo). Em entrevista à agência Bloomberg, o CEO da organização, Pascal Soriot, admitiu que os atuais estudos seriam uma maneira de “validar” a descoberta. Ele afirmou que a nova rodada de ensaios provavelmente se dará internacionalmente, mas que seria o processo seria “mais rápido” pois já é sabido que “a eficácia é alta” e portanto precisariam de um número menor de pacientes.
Nesta semana, a AstraZeneca esteve em reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas não realizou o pedido de registro do imunizante. Fontes ligadas às negociações afirmaram à reportagem de VEJA que uma nova etapa de testes foi levantada como uma via possível para dar mais robustez ao estudo.
Nesta semana , a AstraZeneca divulgou que seu imunizante teria até 90% de eficácia quando ministrado em meia dose seguida de uma dose completa, diferente das duas doses iniciais previstas no estudo. A descoberta se deu por meio de um erro na dosagem o que levantou críticas na comunidade científica. Autoridades ligadas à area de vacina dos EUA afirmaram que a maior eficácia teria sido aferida justamente no grupo mais jovem de participantes, o que não foi explicado no anúncio inicial. A eficácia com a aplicação de duas doses completas foi de 62%.