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SP tem recorde no número de mortes por coronavírus em um dia: 224

De acordo com a secretaria estadual da Saúde, taxa de ocupação de leitos de UTI na Grande São Paulo chegou a 81%

Por Da redação
Atualizado em 28 abr 2020, 19h03 - Publicado em 28 abr 2020, 13h46
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  • O estado de São Paulo registrou nesta terça-feira 224 novos óbitos em apenas 24 horas, totalizando 2.049 mortes por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. É um recorde para o estado e representa um aumento de 12% em relação ao número divulgado na segunda-feira 27, quando o total era de 1.825 mortes. “Como não temos fila do ponto de vista de testagem, isso significa que são pacientes que foram a óbito nos últimos dias”, afirmou José Henrique Germann, secretário estadual da Saúde.

    A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) na Grande São Paulo, região mais afetada pelo coronavírus no estado, chegou a 81%, o que é considerado preocupante pelas autoridades de saúde. Na última quinta-feira, essa taxa estava em 74%. Já no estado, a ocupação dos leitos de UTI é de 61,6%.

    Atualmente, 1.437 pacientes estão internados em UTIs no estado de São Paulo e 1.800 em enfermarias. A ocupação dos leitos de enfermaria na Grande São Paulo é de 70% e no estado, como um todo, de 44,5%.

    São Paulo é o estado com o maior número de mortes e casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus no país. São 24.041 casos da doença, um aumento de 11% em relação aos dados de segunda-feira 27. Carlos Fortaleza, professor da Unesp de Botucatu, alertou para a falsa sensação de que o interior do Estado está protegido do coronavírus. “Nós percebemos que existe uma sensação no interior de que ele é protegido e o que acontece aqui não vai acontecer no interior. Isso não é verdade”, disse Fortaleza durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira.

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    Segundo o infectologista David Uip, coordenador do Comitê de Contingência do Coronavírus, de fato o interior tem menos casos e menos óbitos do que na capital, mas isso se deve ao fato de a epidemia nessas regiões estar em uma fase anterior à capital. “Há uma sensação no interior, em alguns locais, que a epidemia não chegou. Como o professor Fortaleza deixou claro, há uma difusão evidente da epidemia pro interior e ela está atrasada em relação ao município de São Paulo, à área metropolitana, em mais ou menos duas semanas, por conta das medidas de confinamento e afastamento social que foram adotadas precocemente no estado de São Paulo”, afirmou Uip.

    A taxa de isolamento social no estado foi de 48% na segunda-feira 27. O secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, voltou a alertar para a necessidade das pessoas ficarem em casa e de manter a taxa de isolamento acima de 50%.

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