A informação divulgada nesta quinta-feira, 13, de que a cidade de Shenzhen, na China, detectou traços do novo coronavírus em amostras de um lote de asas de frango congeladas provenientes do Brasil, levantou a dúvida sobre a possibilidade de infecção da Covid-19 em alimentos.
De acordo com uma publicação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não há qualquer evidência de que comidas, de todos os tipos, sejam foco de transmissão da doença. O texto é baseado em um estudo da Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos (EFSA). A constatação ocorreu após a avaliação de risco semelhante em outras epidemias causadas por vírus da mesma família.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS), apontou que o comportamento do vírus deve seguir o mesmo perfil de outros agentes semelhantes portanto, necessita de um hospedeiro animal ou humano para que ocorra a sua multiplicação. Há também outra questão a ser considerada, esse tipo de vírus é sensível às temperaturas necessárias para o cozimento de alimentos, algo em torno de 70ºC, segundo a agência.
Há, no entanto, a necessidade constante de manter a higiene ao manipular a embalagem de alimentos e outras superfícies sob o risco de contaminação. Após o ocorrido desta quinta, a OMS minimizou o caso afirmando que não há evidências da contaminação por meio da cadeia alimentar.