O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (03) que o Brasil tem 14 casos suspeitos de coronavírus, dois a menos que o boletim anterior, onde eram contabilizados 16 casos suspeitos. Os estados com casos suspeitos da doença são: Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (4), Santa Catarina (2) e São Paulo (7). Até o momento, 13 casos já foram analisados e descartados.
Entre os casos suspeitos, 11 estão na etapa de testes para vírus comuns, como o influenza. Caso um destes testes dê positivo, a suspeita de coronavírus é descartada. Já os outros três casos estão fase de teste específico para o 2019 n-CoV.
Estado de emergência
O governo brasileiro informou mais cedo nessa segunda-feira que vai decretar estado de emergência pelo surto de coronavírus. A medida, que acontece mesmo sem o país ter um caso confirmado da doença, vai agilizar o processo de repatriamento dos brasileiros isolados na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da infecção.
O estado de emergência permite que o governo realize despesas sem precisar fazer licitações. Atualmente, o nível de alerta em saúde no caso do coronavírus é de “perigo iminente para emergência”. Segundo Mandetta, a emergência será decretada ainda nesta segunda através de uma portaria do Ministério da Saúde.
“Mesmo sem caso confirmado no país, decidimos antecipar o nível de resposta de emergência, seguindo a orientação internacional, para custear as despesas necessárias e agilizar o processo de repatriação desses brasileiros que estão em Wuhan, na China”, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Repatriação
Sobre a repatriação dos brasileiros que moram em Wuhan, na China, Mandetta afirmou que foi elaborada uma Medida Provisória (MP) que será encaminhada ao Congresso Nacional para dar celeridade ao processo. Antes de retornarem ao Brasil, os brasileiros que estão em Wuhan, passarão por exames prévios para checagem das condições clínicas de viagem. Ao chegar no país, deverão permanecer em um período de quarentena. Estima-se que o prazo de isolamento será de 18 dias, mas isso ainda está em discussão pelo governo brasileiro.
O local onde essas pessoas ficarão isoladas também não foi definido. Sabe-se que será uma base militar, por isso, a decisão fica a critério do Ministério da Defesa. As possibilidades incluem Florianópolis, em Santa Catarina, e Anápolis, em Goiás.