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Inflamação excessiva leva às formas graves da Covid-19

Estudo relaciona a produção de um anticorpo específico, causado pela infecção e não pelas vacinas, ao desenvolvimento da doença em seu estado mais crítico

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 abr 2022, 13h50 - Publicado em 7 abr 2022, 13h47

Um estudo feito pelo grupo de Imunopatologia da Fiocruz Minas, em parceria com a Escola de Medicina da Universidade Harvard, publicado nesta quarta-feira, 6, na revista Nature, descreve o processo de inflamação relacionado às formas graves de Covid-19.

Segundo a pesquisa, ao entrar no corpo, o vírus provoca a infecção e, assim, aciona a produção de um anticorpo chamado afucosilado, que consegue neutralizar o SARS-CoV-2 e evitar que entre nas células epiteliais do pulmão, só que, ao mesmo tempo, desencadeia um processo de fagocitose pelos monócitos, células de defesa do organismo. Ou seja, ao capturar e digerir o vírus, os monócitos ativam complexos de proteínas que causam a morte desses monócitos infectados, fazendo com que o organismo comece a produzir novas células imunes e, assim, gere uma cascata inflamatória.

“Os monócitos em piroptose estouram e liberam componentes que dão sinais de perigo ao organismo. Com isso, o sistema de defesa recruta outras células e, quanto mais recruta, mais inflamação vai ocorrendo. Isso porque as células que morreram causam uma tempestade de citocinas, gerando mais inflamação”, explica a pesquisadora Caroline Junqueira, coordenadora do estudo.

Durante o estudo, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de pacientes infectados e de indivíduos saudáveis vacinados para comparar resultados. Vale ressaltar que a produção do anticorpo afucosilado é induzida somente pela infecção em si, e não pelas vacinas existentes contra a Covid-19, o que abre perspectivas para novos tratamentos, além de reforçar a importância da vacinação. “Muitas pessoas pensam que é bom pegar a Covid-19 para se tornar imune. A questão é que, nesse caso, a pessoa vai correr o risco de ter uma inflamação sistêmica. Com a vacina, não tem essa possibilidade”, diz a pesquisadora. “Ou seja, a infecção gera anticorpos maléficos, e a vacina produz anticorpos benéficos”, completa.

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