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Chile registra primeiro caso em humano de gripe aviária H5N1

Exames confirmaram infecção pelo vírus em homem de 53 anos com quadro grave de gripe, mas paciente está estável

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 mar 2023, 11h05 - Publicado em 30 mar 2023, 11h00
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  • O Ministério da Saúde do Chile confirmou o registro do primeiro caso em um ser humano da gripe aviária H5N1, doença que tem afetado aves selvagens e preocupado produtores na Europa, Ásia e América. Exames detectaram a infecção pelo vírus em homem de 53 anos com estado grave de gripe. Segundo a pasta, o paciente está em quadro estável.

    O caso ocorreu no norte do país e há uma investigação em andamento para apurar a fonte da infecção e se há outras pessoas do convívio do paciente afetadas pelo vírus.

    Segundo o ministério, a infecção pode ocorrer de aves ou mamíferos marinhos para humanos, mas não há episódios conhecidos de transmissão de humano para humano.

    “No momento atual, não existe transmissão de pessoa a pessoa de gripe aviária. O risco para seres humanos está restrito às pessoas que estão em contato com animais doentes. No entanto, as pessoas que se infectam podem ter um quadro grave”, disse, em coletiva, Ximena Aguilera, ministra da Saúde do país.

    Mesmo assim, o tema já preocupa a comunidade científica, pois as vacinas atuais contra a gripe protegem apenas contra as cepas H1N1 e H3N2 da Influenza. Além disso, existe a possibilidade de adaptação do vírus, algo que faz parte da natureza desses microrganismos, ou ocorrer um surto desencadeado pelo alto número de casos entre aves de criação e o contato frequente de humanos com os animais.

    “Ainda dá para frear esse surto e impedir coisa pior. Manter uma vigilância sobre as aves para saber se elas têm o vírus e pensar em vaciná-las contra o H5N1, além de monitorar o entra e sai de produto “galináceos” no comércio internacional, é a parte que cabe às agências veterinárias oficiais de cada país”, afirmou o virologista Paulo Eduardo Brandão, que é professor da Universidade de São Paulo (USP), em sua coluna sobre o tema para VEJA Saúde. “E, para o time da saúde pública, a missão é monitorar que tipo de vírus da gripe está aparecendo nas pessoas, o que permite formular e aplicar vacinas em massa depois”, completa.

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