Um levantamento divulgado nesta quarta-feira, 23, mostrou que 85% dos hospitais privados do estado de São Paulo registraram alta nos atendimentos por casos suspeitos de Covid-19. Apesar do aumento, registrado nos últimos 15 dias, o crescimento nas internações foi menor e atingiu 5% tanto nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) quanto nos leitos clínicos.
A pesquisa foi realizada em 90 hospitais associados ao Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) e mostrou ainda que, em 39% das unidades, o incremento nos atendimentos flutuou entre 21% a 30%. Em 5,1%, foi de 31% a 50%, e em apenas 2,6%, superou os 70%. No caso das internações, o índice dos hospitais que relataram crescimento foi de 73%.
“Avaliamos que os casos evoluem sem gravidade, não necessitando de internação hospitalar, mas ratificamos a necessidade de que a população use máscara em locais com aglomerações e mantenha o protocolo de segurança à saúde com a lavagem de mãos e cumpra o calendário de vacinação”, afirmou, em nota, o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp.
Ainda de acordo com a pesquisa, os casos de infecção pelo novo coronavírus representam o principal atendimento realizado nos hospitais particulares, totalizando 49% dos suportes prestados pelas unidades.
O Brasil está entre os países que enfrentam uma explosão de casos de Covid-19 relacionada com a circulação da nova sublinhagem da variante de preocupação ômicron, a BQ.1, apelidada de Cérbero, o cão de três cabeças que, na mitologia grega, era guardião dos portões do mundo dos mortos.
Diante do crescimento das infecções, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou duas versões bivalentes da vacina da Pfizer que protegem contra a ômicron e retomou a obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aeronaves nesta terça-feira, 22.