A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um boletim nesta quarta-feira, 9, em que informa uma queda de 17% no número de casos de Covid-19 na semana passada. No mesmo documento, a organização diz que o número de óbitos pela doença teve um aumento de 7%. Segundo o balanço, foram notificadas quase 68 mil mortes na última semana.
A OMS apontou também para 19 milhões de casos nesse período, contabilizando 392 milhões no geral. As regiões do Mediterrâneo Oriental, que abrange o Oriente Médio, e das Américas foram as que tiveram o maior crescimento no número de casos, cada uma com 36%. O sudeste da Ásia apresentou o maior aumento nas mortes, de 67%. A Europa e as Américas se mantiveram estáveis, enquanto a África teve redução de 14%.
Os Estados Unidos registraram o maior número absoluto de vítimas fatais, mas com queda de 15% em relação à semana anterior. Em seguida, aparecem a Índia, a Rússia, o Brasil e o México. Segundo a análise epidemiológica da OMS todas as variantes do coronavírus que vieram antes da ômicron apresentaram baixa. A ômicron, no entanto, representa 96,7% de todos os casos registrados no mês passado.
Nesta quarta-feira, a OMS também fez um apelo para que os países mais desenvolvidos e ricos façam um aporte de 23 bilhões de dólares (cerca de R$ 121,2 bilhões) para “colocar fim na emergência global pela pandemia em 2022”. “As doenças não conhecem fronteiras”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. A maior parte desse dinheiro, cerca de 16 bilhões de dólares, seria para o Access to Covid Tools Accelerator (ACT-A), iniciativa criada pela Organização Mundial da Saúde e outras organizações internacionais em 2020 para melhorar o acesso dos países em desenvolvimento às vacinas, tratamentos e testes contra a Covid-19. “A desigualdade na distribuição de vacinas e testes prolonga pandemia e favorece surgimento de novas variantes”, disse a OMS, em comunicado.
A organização, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), também pretende investir o montante em 600 milhões de doses de vacinas e 700 milhões de testes, para tratar 120 milhões de pacientes e oferecer equipamentos de proteção para 1,7 milhão de profissionais de saúde, especialmente em países mais pobres. “Cada mês que o apoio é atrasado, a economia mundial corre perigo de perder quatro vezes mais que o investimento que ACT-A precisa”, completou a OMS.
Abaixo, os números da vacinação no Brasil: