Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Carta ao Leitor: Enfim, alívio e esperança

A pandemia acabará — e acabará porque o bom senso e o conhecimento venceram

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 12h34 - Publicado em 23 dez 2021, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • “Rir é um ato de resistência.” A frase do humorista Paulo Gustavo, de 42 anos, criador da impagável Dona Hermínia, a mãe de todas as mães, ecoou como um grito de dor em meio à tragédia da Covid-19 no Brasil. Naquele momento, início de maio, a morte do ator, em decorrência do vírus, virou retrato de uma triste passagem da recente história brasileira. Infelizmente, não havia muitos motivos para rir. O país alcançara 400 000 mortes, longe, muito longe, da “gripezinha” infame a que se referira o presidente Jair Bolsonaro. E devemos romper o ano com um número trágico: 620 000 pessoas terão perdido a vida na pandemia. Nas semanas que antecederam e sucederam a morte do artista que nos fazia gargalhar, havia uma distância amarga entre o Brasil que o governo federal tentava vender ao mundo e o que de fato ocorria nos lares, nos corredores dos hospitais e nos velórios. Uma tragédia.

    Era preciso resistir de alguma maneira e inverter as curvas de casos e óbitos, que não paravam de subir. Obviamente, toda a comunidade científica internacional apontava um só caminho: o da vacinação. À revelia de Bolsonaro e seu círculo de alucinados, que ainda hoje negam a relevância da imunização, a toada de doses aplicadas no Brasil ganhou tração. Atualmente, mais de 78% da população está protegida com ao menos uma dose; 66% com duas e 10% já com a agulhada de reforço. Trata-se de um feito extraordinário, de relevância internacional, resultado do empenho de governadores e prefeitos associado ao esforço de profissionais da saúde e do SUS, uma máquina que o Brasil historicamente soube construir. Com a imunização, o permanente zelo na manutenção do distanciamento social e o uso de máscaras, o país que virara pária, o país que chorou por Paulo Gustavo começou então, feliz e lentamente, a vencer a batalha mais importante de nossa geração: a luta contra o vírus.

    A queda do número de casos e da média móvel de mortes, inequivocamente, nos mostra isso. São esses dados que nos autorizam a enxergar neste 2021 que se encerra uma sensação de alívio e de esperança de que este pesadelo está acabando. E tudo isso, ressalte-se, graças às vacinas. Apesar de tudo, apesar das insanidades de alguns líderes que insistem no negacionismo, elas agora nos permitem desejar um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo aos brasileiros. A pandemia acabará — e acabará porque o bom senso e o conhecimento venceram. Embora o problema ainda não tenha terminado e as novas variantes exijam atenção, podemos finalmente voltar a rir, como dizia Paulo Gustavo.

    Publicado em VEJA de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.