O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira, 10, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que chega à 25ª edição com a meta de imunizar quase 81,8 milhões de pessoas em todo o país para evitar casos graves e óbitos pelo vírus Influenza, causador da doença. No mutirão, que será realizado até 31 de maio, a pasta planeja proteger, ao menos, 90% da população de cada grupo prioritário, formado por crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, idosos com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde e professores. Veja lista completa abaixo.
Segundo informe técnico do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal total da campanha do ano passado foi de 68,1%. O documento informa que o grupo que alcançou o índice mais elevado foi a população indígena (77,2%), seguida dos trabalhadores de saúde (71%) e dos idosos (70,2%). A menor adesão foi das puérperas (mulheres no período de até 45 dias após o parto), totalizando 53,3%.
Nesta edição da campanha, todos os grupos prioritários terão o mesmo calendário de vacinação, de modo que a ida aos postos de vacinação não será escalonada nem com datas específicas.
A vacina utilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) será a dose trivalente produzida pelo Instituto Butantan contendo duas cepas do tipo A e uma do tipo B: A/Sydney/5/2021 (H1N1)pdm09, A/Darwin/9/2021 (H3N2) e B/Áustria/02/1359417/2021 (linhagem B/Victoria). Os tipos são determinados com base nos vírus que causam epidemias sazonais e que estão em circulação. Em 2009, o H1N1 foi responsável por uma pandemia.
Na rede privada, a dose ofertada é a quadrivalente, que conta com uma cepa B adicional – normalmente da (linhagem B/Yamagata) -. Neste ano, as clínicas particulares também passaram a ofertar a nova vacina quadrivalente de alta dose para a população com mais de 60 anos. A Efluelda, da Sanofi, demonstrou que protege 24% a mais essa população contra a gripe e que reduz em 27% os episódios de hospitalização em estudos. O imunizante tem quatro vezes mais antígeno do que a vacina em dose padrão, segundo a farmacêutica. No mês passado, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) atualizou seu calendário e recomendou o imunizante recém-chegado como preferencial para os idosos.
A gripe
A infecção pelo vírus Influeza pode levar a casos graves ou até matar populações mais vulneráveis, por isso, a campanha destina as doses para grupos prioritários e a aplicação ocorre antes do inverno, quando o número de casos de doenças respiratórias em geral aumenta.
Entre os sintomas da doença, estão: tosse, febre, dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares e fadiga. A febre costuma durar cerca de três dias, enquanto os sintomas respiratórios, principalmente a tosse, ficam mais aparentes com o avanço da gripe e perduram por três a cinco dias após o fim do período de febre. Quadros graves envolvem dificuldade para respirar e necessidade de hospitalização. “Em situações onde ocorre agravamento dos casos, estes podem evoluir para a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ou mesmo óbito”, informa o ministério.
Quem deve se vacinar contra a gripe:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Gestantes e puérperas
- Povos indígenas
- Trabalhadores da saúde
- Idosos com 60 anos e mais
- Professores das escolas públicas e privadas
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
- Pessoas com deficiência permanente
- Profissionais das forças de segurança e salvamento e das Forças Armadas
- caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso
- Trabalhadores portuários
- Funcionários do sistema prisional
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
- População privada de liberdade