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Calor extremo na gravidez pode causar danos permanentes à saúde da criança

Estudo associa exposição a altas temperaturas na gestação a ameaças para mãe e criança, entre elas doenças cardiovasculares e anomalias congênitas

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jul 2024, 09h58 - Publicado em 5 jul 2024, 09h58
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  • Silhouette Of A Pregnant Woman At Sunset (//iStock)

    Mais uma razão para nos preocuparmos com o aquecimento global. A exposição ao calor extremo durante a gravidez pode ter impactos adversos de longo prazo na saúde e no desenvolvimento das crianças. A conclusão é de um novo estudo publicado no periódico científico BMC Pregnancy and Childbirth, que revisou décadas de pesquisas a respeito, identificando que as altas temperaturas podem contribuir para anomalias congênitas, hipertensão gestacional e baixo peso ao nascer, além de maior risco de doenças como cardiopatias, asma e pneumonia.

    A pneumonia infantil, por exemplo, tem um risco estimado de aumento de 85% para cada grau de elevação na temperatura durante a gestação. Em países africanos, o risco de desnutrição infantil cresce com o aumento da exposição ao calor durante a gravidez, enquanto nos Estados Unidos foi encontrada uma ligação com o aumento do risco de obesidade.

    Múltiplas vias de impacto

    Os efeitos do calor na gravidez sobre o feto ocorrem através de múltiplas vias. Isso inclui a piora da saúde da mãe devido a doenças como pré-eclâmpsia e diabetes, impacto direto no desenvolvimento do bebê, especialmente no sistema nervoso, aumento do risco de parto prematuro e alterações diretas no DNA da criança. Uma das descobertas mais marcantes foi a observação de um encurtamento dos telômeros do bebê, que são os “relógios biológicos” no DNA, ligados à expectativa de vida limitada.

    Outro ponto relevante é que os efeitos negativos do calor são mais pronunciados em crianças do sexo feminino, sugerindo uma vulnerabilidade maior desse grupo às mudanças no ambiente dentro do útero.

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    Além dos efeitos diretos na saúde, o estudo encontrou associações entre a exposição ao calor durante a gravidez e pior desempenho educacional e econômico na vida adulta. Por exemplo: a renda anual aos 30 anos de idade pode ser reduzida em US$ 56 para cada dia adicional com temperaturas acima de 32°C durante o primeiro trimestre da gravidez da mãe.

    Já são inúmeros os dados que apontam as mudanças climáticas como grandes responsáveis pela deterioração da saúde humana. Esse estudo soma-se a eles ao revelar que os impactos da exposição ao calor durante a gravidez são profundos e duradouros, prejudicando não só a gestante como também as futuras gerações. 

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