O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta terça-feira, 28, não ser “oportuno” retirar das Filipinas a família brasileira com suspeita de infecção pelo coronavírus. “Pelo contrário. Não vamos colocar em risco nós aqui por uma família apenas”, afirmou.
Na conversa com jornalistas, ele ainda comentou a epidemia que levou 106 pessoas à morte e já deixou outras 4 000 doentes. “A gente espera que os dados da China sejam reais. Só isso de pessoas contaminadas… Se bem que é bastante. Mas a gente sabe que esses países são mais fechados no tocante a informações”, disse.
Ele disse que irá inteirar-se sobre o caso com o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta. “A questão do vírus, do coronavírus, a OMS está dando no grau máximo a questão da periculosidade de o vírus se espalhar pelo mundo. Já aconteceu na questão do H1N1 em outros momentos da história aqui, então temos que ficar preocupados. Vou agora de manhã atrás do Mandetta para tomar pé de fato do que está acontecendo no momento”.
Família em Manila
A embaixada brasileira em Manila, nas Filipinas, confirmou no domingo (26) a existência de brasileiros no país com suspeita de terem contraído o novo coronavírus.
Citando informações de portais de notícias filipinos, o Itamaraty pontuou que trataria-se um casal e uma criança de dez anos com histórico de viagem recente à região foco na China, mas que o diagnóstico ainda não foi confirmado. A família foi encaminhada a hospital de Palawan, a cerca de 800km da capital, Manila.
Epidemia
Na manhã desta terça (28), o Ministério da Saúde informou que uma mulher, de Minas Gerais, estaria com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. Outras catorze pessoas que entraram em contato com a paciente também estariam sob monitoramento. Após o caso, o governo elevou a classificação de risco do Brasil para o nível 2, chamada “perigo iminente”. O maior nível da escala é o 3, que ocorre após a confirmação de que o vírus foi detectado em território nacional.
Na China, o número de mortos em decorrência do novo coronavírus chegou a 106. Além disso, já são mais de 4.000 pessoas infectadas pela doença. O vírus já se espalhou por todo o país e por pelo menos outras dezesseis nações. Na segunda-feira 27, Alemanha e Japão confirmaram o registro de casos envolvendo pacientes que não viajaram à China, mas tiveram contato com outras pessoas infectadas.