Desde 1º de janeiro, a China fechou suas fronteiras para o lixo de outros países, cumprindo assim um planejamento iniciado em 2017, com a recusa de importações desse tipo para preservar sua saúde pública e o meio ambiente. O país pretende agora atacar o problema do manuseio dos detritos domésticos urbanos, um dos maiores desafios enfrentados pelas agências reguladoras locais.
O crescimento da população, que consome cada vez mais, e o surgimento de aterros sanitários em torno da maioria das grandes cidades levou-os a perseguir duas grandes metas até 2025: aumentar a taxa de reutilização desse tipo de resíduo para 60 porcento (contra 50 porcento em 2020) e elevar os níveis de incineração para cerca de 65 porcento (ante 45 porcento no ano passado).
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) disse que a capacidade de manuseio de resíduos urbanos atingiu 1,27 milhão de toneladas por dia no ano passado, um aumento de 63 porcento em comparação com 2015. Metade das cidades da China não construiu usinas de incineração de lixo, e muitas cidades nas regiões central e ocidental também não conseguiram cumprir as metas de tratamento de resíduos perigosos, disse a agência.
Além de proibir a importação de resíduos, a China agora está implementando regulamentações que obrigam as pessoas a separar seu lixo e também restringe continuamente os plásticos de uso único e os detritos de embalagens não recicláveis. O país também lançou vários esquemas de reciclagem, assim como um programa de “cidade sem resíduos” com o objetivo de lidar com um acúmulo de tratamento de resíduos sólidos estimado em até 70 bilhões de toneladas em 2019.