Pensando na qualidade de vida de pacientes que sofrem de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, pesquisadores da Universidade Stirling, na Escócia, desenvolveram um aplicativo chamado Iridis, capaz de avaliar a acessibilidade dos cômodos da casa e fazer recomendações para melhorá-lo, levando em conta que fatores como luz, cores e barulho podem afetar pessoas que vivem com demência. Segundo os desenvolvedores, que receberam a colaboração da empresa de construção Space Group, o programa será gratuito e deverá levar cerca de 20 minutos para rastrear o ambiente.
Como funciona
Os usuários, profissionais da saúde ou familiares de pacientes com demência, precisarão responder a perguntas sobre seus arredores e tirar fotos dos cômodos, sejam de domicílios ou espaços públicos. Então, o aplicativo irá recomendar mudanças, que podem variar desde a troca de lâmpadas até reformas mais complexas, como a acessibilidade dos banheiros.
De acordo com o centro de pesquisas sobre demência da Universidade Stirling, este é o primeiro aplicativo do gênero e estará disponível para download a partir de setembro.
Demência
“Essa é uma oportunidade de revolucionar o cotidiano dos idosos que vivem com demência pelo mundo”, disse Lesley Palmer, representante da equipe de pesquisa, à rede britânica BBC. “Normalmente, essas pessoas têm maiores demandas sobre os serviços de saúde e, com a devida orientação sobre como adaptar suas condições de vida, elas se tornam mais independentes, têm mais autonomia. Com cerca de 50 milhões de pessoas estimadas vivendo com demência em todo o mundo, há uma necessidade imediata de investir em nossa população em envelhecimento e fornecer serviços e instalações melhores.”, explicou.