Anvisa divulga parecer de vacinação da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos
Agência mostrou documentos em resposta ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que declarou que a pasta se manifestaria após a análise do material
Em resposta ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que disse que o governo federal só se manifestaria sobre a vacinação infantil após analisar todos os relatórios sobre o assunto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta quarta-feira, 22, os pareceres públicos de aprovação da vacina para crianças. Entre eles, o documento que atesta a avaliação de “benefício-risco”, considerada pela agência reguladora para aprovar a utilização da vacina o público infantil.
“Nessa avaliação, a Agência também contou com a participação das sociedades médicas de notório saber no tema: Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e do Instituto de Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Também foi convidada a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)”, afirmou a Anvisa, em nota.
Na última quinta-feira, 16, a Anvisa aprovou a versão pediátrica do imunizante da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos de idade. “Com base na totalidade das evidências científicas disponíveis, incluindo estudos de fase I, II e III, a Anvisa concluiu que vacina Pfizer-BioNTech Covid-19, quando administrada no esquema de 2 doses em crianças de 5 a 11 anos de idade, é segura e eficaz na prevenção da Covid-19 sintomática, na prevenção das doenças graves, potencialmente fatais ou condições que podem ser causadas pelo SARS-CoV-2”, disse a agência.
O governo Bolsonaro, no entanto, ainda não divulgou as datas de início da vacinação desta faixa etária. “Não é um comunicado público que vai fazer o Ministério da Saúde se posicionar de uma maneira ou de outra. Eu preciso de toda a análise. Nós temos que verificar tudo”, disse Queiroga, na última segunda-feira, 20.
Nesta quarta-feira, 22, o governo federal anunciou a abertura de uma consulta pública sobre o tema, que começa amanhã, quinta-feira 23, e vai até dia 2 de janeiro. As manifestações poderão ser feitas no portal do Ministério da Saúde.
No dia 4, de acordo com o ministro da Saúde, haverá uma audiência pública que servirá de base para a decisão final do Ministério. “Até o dia 5 de janeiro é um tempo absolutamente adequado para que as autoridades possam analisar a decisão da Anvisa com todas as suas nuances, inclusive em relação à aplicação dessas vacinas”, completou Queiroga.