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Anticorpos que podem tornar vacinas contra a Covid-19 obsoletas

Pesquisadores isolaram dois anticorpos que neutralizam todas as cepas conhecidas com até 95% de eficácia

Por Diego Alejandro
8 set 2022, 19h05

Uma equipe de pesquisadores da universidade de Tel Aviv demonstrou que anticorpos isolados do sistema imunológico de pacientes recuperados de Covid-19 são eficazes na neutralização de todas as cepas conhecidas do vírus, incluindo as variantes delta e ômicron. Essa descoberta pode eliminar a necessidade de repetidas vacinas de reforço e fortalecer o sistema imunológico das populações em risco.

O estudo foi publicado na revista Nature Communications Biology, e trata-se de uma continuação de um outro, preliminar, realizado em outubro de 2020, no auge da crise sanitária. Naquela época, a médica e líder do projeto Natalia Freund e seus colegas sequenciaram todas as células do sistema imunológico B do sangue de pessoas que se recuperaram da cepa original do SARS-CoV-2 em Israel, isolando nove anticorpos que os pacientes produziram.

“No estudo anterior, mostramos que os vários anticorpos que são formados em resposta à infecção com o vírus original são direcionados contra diferentes locais do vírus. Os mais eficazes foram aqueles que conectaram à proteína ‘spike’ do vírus, no mesmo local onde ela se liga ao receptor celular ACE2 (proteína presente em nosso organismo que facilita a entrada do vírus da Covid)”, relatou Natalia.

Já no estudo atual, provou-se que outros dois anticorpos que se ligam à proteína em uma área diferente da região em que a maioria dos anticorpos estavam concentrados até agora (e, portanto, foram menos eficientes contra a cepa original), são realmente muito eficazes na neutralização das variantes delta e ômicron – “De acordo com nossos achados, a eficácia do primeiro anticorpo, TAU-1109, na neutralização da ômicron é de 92% e 90% da delta. O segundo anticorpo, TAU-2310, neutraliza a variante ômicron com eficácia de 84% e a delta com eficácia de 97%”.

Segundo Natalia, a surpreendente eficácia desses anticorpos pode estar relacionada à  própria evolução do vírus, pois, ao criar variantes, a combinação necessária para a proteína ligar-se à célula mudava. Os dois anticorpos, porém, conectam-se em uma parte do vírus que, “por algum motivo” não sofre mutações – “essas descobertas surgiram quando testamos todas as cepas conhecidas até o momento”.

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Os dois anticorpos, clonados no laboratório da médica na Universidade de Tel Aviv, foram enviados para testes, para verificar sua eficácia contra vírus vivos em culturas de laboratório na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e contra pseudovírus nos laboratórios da Faculdade de Medicina Azrieli, na Galiléia; os resultados foram idênticos e igualmente encorajadores em ambos os testes.

Abaixo, os números da vacinação no Brasil:

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