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Ameba que ‘come cérebro’ mata menino de 8 anos na Argentina

Os Estados Unidos já registraram 129 casos de pessoas com o protozoário. Entre as vítimas, apenas dois sobreviveram

Por da Redação
20 fev 2018, 15h45
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  • Um menino de oito anos morreu na Argentina após contrair uma ameba conhecida pelo nome de Naegleria fowleri, ou “ameba que come cérebros”. Ao entrar no corpo humano, ela destrói o tecido cerebral, além de causar edema (acúmulo de líquido) e, posteriormente, morte.

    É a primeira vez que o caso, tido como raro, é relatado na Argentina, segundo o jornal “Clarín”. Ainda de acordo com a publicação, a criança contraiu a ameba em 2017, quando nadava em uma lagoa próxima à província de Junín, localizada a 320 quilômetros da capital Buenos Aires.

    Os sintomas iniciais costumam aparecer dentro de um a sete dias e podem incluir dor de cabeça, febre, náusea e vômitos. A doença, que progride rapidamente, também pode apresentar rigidez no pescoço, confusão mental, perda de equilíbrio, convulsões e alucinações.

    Além dos sintomas mais comuns, a criança em questão apresentou fotofobia e sintomas de meningite – inflamação das membranas que protegem o cérebro. O menino morreu entre cinco e sete dias depois, diz o jornal.

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    Na época, o caso foi relatado em boletim epidemiológico local, mas só foi divulgado na última semana pela Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas.
    A doença tem alto grau de mortalidade. Os Estados Unidos, que já registraram 129 casos entre 1962 e 2013, com apenas dois sobreviventes.

    Uma fonte do “Clarín”, Sixto Raúl Costamagna, ex-presidente da Associação Parasitológica da Argentina, acredita que a ameba tenha chegado ao país por alterações climáticas globais. “Pequenas variações de temperatura produzem modificações nos ciclos dos parasitas”, disse.
     
    Doença progride rapidamente
    A Naegleria fowleri é frequentemente encontrada em água doce, como lagos, rios e nascentes de água quente. Esse parasita nada livremente e, em geral, entra no corpo pelo nariz, enquanto as pessoas nadam ou mergulham. Ele pode, então, chegar até o cérebro e causar uma infecção devastadora.

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