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Agência europeia confirma elo entre vacina de Oxford e formação de coágulo

Agência ressalta que esse efeito colateral é raro e recomenda que a vacina continue a ser utilizada

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 abr 2021, 13h09 - Publicado em 7 abr 2021, 13h06
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  • O comitê de segurança da EMA, agência que regula medicamentos na União Europeia, concluiu nesta quarta-feira, 7, que há um elo entre a formação de coágulos sanguíneos e a vacina de Oxford-AstraZeneca. Apesar da associação, a agência ressaltou que os benefícios superam os riscos e recomenda a continuidade da aplicação da vacina na região.

    “A Covid-19 está associada a um risco de hospitalização e morte. Os relatos de coágulos sanguíneos associados a baixos níveis de plaquetas no sangue são muito raros e os benefícios gerais da vacina na prevenção da Covid-19 superam os riscos de efeitos colaterais”, disse a agência em comunicado.

    No entanto, a EMA recomentou que a formação de coágulos sanguíneos associados a baixos níveis de plaquetas seja incluído na lista de efeitos colaterais muito raros causados pelo imunizante, que na Europa tem o nome de Vaxzevria. Para chegar a essa conclusão, o comitê analisou todas as evidências atualmente disponíveis, incluindo 62 casos de trombose no cérebro e 24 casos de trombose no abdômen relatados no banco de dados de segurança de medicamentos da União Europeia até o dia 22 de março e a orientação de um grupo de especialistas.

    A principal hipótese sobre como a vacina pode causar essa reação grave é uma rara resposta imunológica que leva a uma condição semelhante à observada algumas vezes em pacientes tratados com heparina (trombocitopenia induzida por heparina, HIT). Ainda não há fatores de risco específicos, mas a maioria dos casos relatados até o momento ocorreu em mulheres com menos de 60 anos de idade nas duas semanas seguintes à vacinação.

    A EMA ressalta que “a chance de isso ocorrer é muito baixa”, mas alerta para a necessidade de as pessoas estarem alertas aos sintomas. Entre os casos disponíveis no sistema, ocorridos em países do Espaço Econômico Europeu e do Reino Unido, 18 resultaram em morte. Vale ressaltar que mais de 25 milhões de pessoas nessas regiões já receberam a vacina.

    Os sintomas associados ao evento são: falta de ar, dor no peito, inchaço na perna, dor abdominal persistente, sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça graves e persistentes ou visão turva, e pequenas manchas de sangue sob a pele. Pessoas que desenvolverem esses sintomas após a vacinação devem procurar assistência médica imediatamente.

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