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A diferença da vacina contra a Covid-19 para homens e mulheres

Pesquisa descobre que há uma diferença entre os sexos quando se trata da eficácia e dos efeitos colaterais desses imunizantes

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 set 2022, 12h28

De acordo com o Our World in Data, mais de 63% da população mundial está totalmente vacinada contra a Covid-19, tendo recebido duas doses ou dose única das vacinas disponíveis, incluindo AstraZeneca, Janssen (Johnson & Johnson), Pfizer-BioNTech, CoronaVac, Moderna e Sputnik V.

Um estudo feito pela universidade de Melbourne, na Austrália, porém, descobriu que existe uma diferença entre homens e mulheres quando se trata da segurança e eficácia desses imunizantes. Segundo a pesquisa, a eficácia da vacina foi consistentemente maior nos homens do que nas mulheres para a primeira dose da vacina.

“Estudos internacionais revisados ​​por pares que investigaram as diferenças sexuais em eficácia e segurança na população em geral também descobriram que era mais comum as mulheres experimentarem efeitos colaterais negativos em comparação aos homens”, disse Cassandra Szoeke, professora da universidade e principal autora.

O levantamento foi feito a partir de dois grupos de estudo. O primeiro se concentrou em relatórios de ensaios clínicos publicados por órgãos reguladores, incluindo a Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Health Canada, em que os pesquisadores encontraram subnotificações de diferenças entre as respostas masculinas e femininas; e o segundo avaliou pesquisas revisadas ​​por pares realizadas na população australiana em geral, após o lançamento das vacinas.

“Este consórcio internacional analisou todos os ensaios clínicos e análises sobre a Covid-19 e relatou quais obtiveram informações para homens e mulheres”, explicou Cassandra, acrescentando. “O que descobrimos foi que 100% dos estudos coletaram as informações, mas apenas 30% relataram diferenças e perfis de efeitos colaterais em homens e mulheres. Mas aqueles que analisaram as informações descobriram que havia diferenças”.

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Os pesquisadores também analisaram as principais diferenças entre os sexos em vacinas históricas, como a contra o H1N1, de 2009, e as contra a gripe, para contextualizar os resultados. “É crucial examinar as diferenças entre os sexos nos resultados médicos. Apesar das regras sobre proporções de sexo e pedidos de informações sobre essas distinções, ainda vemos dados limitados quando se trata de efeitos adversos”, disse a pesquisadora.

De acordo com Cassandra, essas diferenças entre os sexos devem ser relatadas não apenas na distribuição dos efeitos adversos entre homens e mulheres nas fases posteriores aos ensaios, mas também no estudo da dosagem da vacina, farmacocinética e farmacodinâmica nas fases iniciais. “Esta pesquisa visa erradicar a abordagem ‘tamanho único’ em medicina e pesquisa clínica e abordar a heterogeneidade e diversidade nas populações de pacientes e necessidades específicas de subgrupos de pacientes”, enfatizou.

A professora afirmou ainda que os dados estão lá, são coletados, mas não são relatados. “À medida que avançamos em direção a uma medicina mais personalizada, este estudo destaca a importância da implementação de normas regulatórios para relatar diferenças sexuais na segurança e eficácia de novos remédios e vacinas e para a caracterização cuidadosa de perfis de segurança de medicamentos específicos dos sexos durante o desenvolvimento de fármacos. É isso que gostaríamos de mudar: relatar as diferenças”, finalizou.

 

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