– Futebol
O lance em que Hudson, do São Paulo, parece segurar a camisa de Henrique, do Corinthians, incendiou discussões entre torcedores no jogo do domingo 14, que acabou sem gols. Lance normal, não foi pênalti, decidiu o VAR (Video Assistant Referee, o auxiliar de vídeo do juiz). A Fifa só adotou a tecnologia em 2016, e a discussão sobre seus resultados segue feroz (nos campeonatos estaduais deste ano, também foi controversa a anulação de um gol do Flamengo na vitória contra o Vasco por 2 a 0). O VAR, de acordo com as regras da Fifa, é usado, por decisão do juiz, para deliberar sobre gols, pênaltis e cartões vermelhos.
– Futebol americano
A arbitragem da NFL — a liga profissional de futebol americano — já se vale do vídeo há bem mais tempo do que a do futebol: desde 1986. Na temporada de 2017, porém, apenas 1% dos lances exigiu o uso do Instant Replay. Cabe aos treinadores contestar a decisão do árbitro em campo para que se chegue a uma definição quanto ao lance duvidoso com o recurso do vídeo.
– Beisebol
A MLB, liga americana de beisebol, recorre ao vídeo para corrigir eventuais erros de arbitragem desde 2008. O modelo é similar ao da NFL, a partir de 2014: são os treinadores que pedem a revisão do lance. A análise de vídeo não é feita no próprio estádio, mas em uma cabine de vídeo na sede da MLB, em Nova York, por árbitros.
– MMA
A UFC, que organiza os campeonatos internacionais da luta, passou a aceitar o vídeo para dirimir dúvidas sobre faltas dos combatentes há apenas dois anos. O lutador não pode pedir a revisão — existe uma pessoa de sua equipe designada para tanto —, e ela tem de ser rápida: o pedido de utilização do vídeo só pode ser feito no intervalo de um minuto entre um e outro round.
Publicado em VEJA de 24 de abril de 2019, edição nº 2631