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"O tsunami anunciado sobre o governo dos Bolsonaro é efeito bumerangue do maremoto, por eles detonado." Paulo Sergio Arisi, Porto Alegre, RS

Por Da Redação Atualizado em 4 jun 2024, 16h05 - Publicado em 24 Maio 2019, 07h00
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    BOLSONARO

    Começo a pensar que a única maneira para Bolsonaro começar a trabalhar é caindo o servidor do Google, do Facebook e do Twitter. Espero que isso aconteça logo (“Atenção ao tsunami”, 22 de maio).
    Zehev Schwartz Benzaken
    Jutaí, AM

    Uma questão levantada na reportagem foi a maneira como o presidente Jair Bolsonaro criticou os manifestantes que foram às ruas para protestar contra o bloqueio ou contingenciamento de verbas na educação, ou seja, com falta de educação (“São uns idiotas úteis, uns imbecis…”). Francamente, fiquei constrangida com tamanha grosseria e abismada com aplausos a tanta falta de classe. Mais educação, por favor. É bom e nós gostamos.
    Antonia Aparecida Alonso
    Santa Bárbara d’Oeste, SP

    O tsunami anunciado sobre o governo dos Bolsonaro é efeito bumerangue do maremoto, por eles detonado, em sua paranoia de ver conspiração por todos os lados e sua incapacidade de governar. Ameaçam até com rupturas institucionais aventureiras, mas já estamos vacinados contra febres autoritárias.
    Paulo Sergio Arisi
    Porto Alegre, RS

    BEBIANNO
    BEBIANNO – “O presidente está perdendo seus verdadeiros aliados” (./Arquivo pessoal)

    O grande erro de Gustavo Bebianno (‘Ele só ouve o Carlos’, Páginas Amarelas, 22 de maio) foi julgar as pessoas pelo currículo construído ao longo da vida, ao creditar seu respeito ao presidente tendo como pressuposto original o fato de ele ser um militar. Não é simples assim.

    Rosana Couto, Cuiabá, MT

    PAPA FRANCISCO

    Escrevo em defesa do papa Francisco. Sou católica apostólica romana praticante. Agradeço a Deus uma pessoa como o papa Francisco: comprometido com a verdade, expondo ao mundo o que, por muitos anos, o Vaticano quis esconder: padres pedófilos. O atual papa é a pessoa certa, que tem coragem de falar: sim, sacerdotes erraram, pecaram abusando de seres indefesos (“O papa sem filtro”, 22 de maio).
    Raquel Cristina Walczewski
    São Paulo, SP

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    VEJA continua sendo uma publicação de alta qualidade, que merece ser lida e analisada semanalmente. A reportagem em torno do ataque das alas conservadoras da Igreja contra o papa Francisco é exemplar. Tenho admiração e respeito pelo sumo pontífice porque, com sabedoria, ele encontra sempre uma palavra de paz e harmonia diante de temas tão conflitantes.
    José Ribamar Pinheiro Filho
    Brasília, DF


    A FORÇA DAS REDES SOCIAIS

    Ao ler que a hashtag #SomosTodosLeticia, em referência à ex-diretora da Apex Leticia Catelani, foi repetida 9,2 trilhões de vezes no Twitter, eu me perguntei se somos governados por pessoas ou por robôs. Diante de um tsunami desses, qualquer um pode ser eleito presidente (“As milícias digitais”, 22 de maio)
    Júlio César Drummond
    Belo Horizonte, MG


    CORTES NA EDUCAÇÃO

    Se são “idiotas” e “massa de manobra” os estudantes que para passar na Unifesp, na USP e em outras faculdades públicas tiveram de estudar feito loucos, anos seguidos, tirar notas altíssimas no Enem, Fuvest e em outros vestibulares, o que são os incompetentes que temos no Congresso, no STF, nos ministérios, no Palácio do Planalto, nos comitês de partidos políticos e nas centrais sindicais (“A escola vai às ­ruas”, 22 de maio)? Com raras exceções — raríssimas, aliás —, são analfabetos políticos que não enxergam além do próprio umbigo.
    Simone Regina Sobral Manzi
    São Paulo, SP


    ESTUPRO

    Os assuntos mais polêmicos são os que mais precisam ser conversados incansavelmente (“É preciso falar sobre estupro”, 22 de maio). Quanto mais se fala, mais se esclarece, além de ajudar a tirar o mito e o medo de denunciar. Estupro é problema gravíssimo. Afeta muito o físico, o afetivo e o emocional da vítima. Afeta drasticamente também quem convive com a pessoa molestada. O crime tem de ser exaustivamente combatido e efetivamente punido.
    Mônica Delfraro David
    Campinas, SP


    CANONIZAÇÃO DE IRMÃ DULCE

    Tudo a favor da exaltação das virtudes da irmã Dulce, pondo-a no altar como exemplo para a humanidade, de uma vida inteira dedicada aos pobres (Datas, 22 de maio). Questione-se, porém, a incoerente exigência de milagres para comprovar seu poder de intercessão perante a Divindade, contradizendo o apóstolo das gentes, o mais lido e citado na liturgia católica, tido como infalível ainda que, às vezes, contestado pela razão, que afirma: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5). O que deve ser procurado nos santos a ser colocados no altar não é o fazedor de milagres, mas o modelo a ser homenageado e imitado, evitando que sejam adorados como semideuses pelos fiéis genuflexos e suplicantes a seus pés.
    Elizio Nilo Caliman
    Brasília, DF

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    ROBERTO POMPEU DE TOLEDO

    Belíssima lição de história dada pelo articulista (“Viva la muerte!”, 22 de maio). Nesses momentos de insensatez, vêm bem a calhar as palavras de Miguel de Unamuno: “Há momentos em que calar é mentir”.
    Paulo Molina Prates
    Brasília, DF


    PATINETES

    Será possível colocar placas legíveis nas patinetes de modo que possam ser aplicadas multas (“Um freio nas patinetes”, Imagem da Semana, 22 de maio)? Talvez não e, ainda assim, se der certo, não há dúvida do nascimento de uma nova indústria de multas. Quanto aos acidentes com lesões pessoais, eu perguntaria: o que o Estado tem a ver com isso? E para que vão servir os capacetes se as lesões são 95% na face? Não seria melhor uma máscara? Ou, melhor ainda, que tal educar os usuários para que olhem para a frente e para baixo em vez de apreciar a paisagem? Para variar, o que falta neste país é educação…
    Eduardo Vampré do Nascimento
    São Paulo, SP

    Correção: ao contrário do que foi dito na nota “Apartheid no século XXI”, de 1º de maio, as crianças israelenses árabes e judias podem, sim, estudar juntas. As famílias israelenses têm o direito legal de escolher entre as escolas que ensinam hebraico, árabe ou que são bilíngues, a depender de seu endereço de moradia.

    Publicado em VEJA de 29 de maio de 2019, edição nº 2636

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