Assuntos mais comentados
- Reportagem de capa (“E depois veio o silêncio”)
- Wilson Witzel
- Imagem da Semana
- Yascha Mounk (Páginas Amarelas)
- Coluna de J.R. Guzzo
OITENTA TIROS
Oitenta tiros foram disparados pelas forças do Estado contra o carro em que o músico Evaldo dos Santos Rosa levava a família (“E depois veio o silêncio”, 17 de abril). Chamar isso de “incidente trágico” ou “lamentável incidente”, como fizeram as autoridades, é postura que subestima nossa inteligência e nos agride. Equivale a minimizar uma barbárie.
Ruvin Ber José Singal
São Paulo, SP
A capa de VEJA diz: “Por engano, o Exército fuzila um músico”. Por engano? Como atirar em alguém e matar pode ser um engano? O que houve foi despreparo, irresponsabilidade, maldade. No distante ano de 1975 aconteceu uma tragédia semelhante com minha família. Meu pai, meu irmão e um amigo estavam pescando num pequeno barco de alumínio, como fazíamos habitualmente nas imediações do Forte dos Andradas, no Guarujá, assim como os demais pescadores da região. Sabia-se informalmente que era proibido desembarcar na praia ou nas pedras sem prévia autorização do Exército. Ali não havia boias de sinalização que delimitassem a distância permitida. De repente, começaram a atirar do forte e assassinaram meu irmão, que, na época, tinha 11 anos. A Justiça Militar considerou justo matar uma criança, em vez de apenas expulsá-los do local ou abordá-los e lhes dar voz de prisão, uma vez que ninguém foi punido e jamais houve uma retratação do Exército. Espero que Deus conforte essa família que agora vive esse mesmo drama e que ela tenha esperança em uma justiça divina, pois é bem provável que, da mesma forma que ocorreu conosco, fique por isso mesmo.
Marcos Amadeu Bellintani
São Paulo, SP
A corajosa capa de VEJA expressa o grito indignado de assinantes como eu, que não aceitam o irresponsável silêncio como resposta a um bárbaro crime!
Vilma Almeida da Silva
João Pessoa, PB
Exagero, falta de preparo, falta de bom-senso… Foram nove militares despreparados, inexperientes, inconsequentes, irresponsáveis, estúpidos e sanguinários. E agora, quem cura a dor dessa família? Que esses homens da lei sejam punidos com rigor, e que Deus conforte o coração dessa família.
Hamilton Ferraz Ferreira
Cajamar, SP
Bolsonaro está certo ao afirmar que o Exército não matou ninguém porque, de fato, a instituição não matou ninguém: quem o fez foi um grupo de soldados. Não se pode imputar uma acusação de assassinato à instituição pela morte do músico Evaldo dos Santos Rosa. O Exército brasileiro ainda é um dos últimos guardiões da disciplina, da ordem e dos valores cívicos da nação.
Mário Negrão Borgonovi
Rio de Janeiro, RJ
WILSON WITZEL
Wilson Witzel e seu governo são um deserto de ideias. O Estado do Rio de Janeiro vive uma crise sem precedentes e seu atual mandatário está pensando em ser presidente. Antes disso, ele deveria pensar em ser um governador de verdade. Menos pose e mais trabalho, governador (“O candidato presidencial”, 17 de abril).
Carlos Fabian Seixas de Oliveira
Campos dos Goytacazes, RJ
IMAGEM DA SEMANA
A fotografia de um deputado às gargalhadas mostrando o coldre é um fiel retrato de como os políticos brasileiros desconhecem o significado de “imagem pública”. Quem sairia de casa com um coldre vazio na cintura? Talvez alguém com Alzheimer, que, infelizmente, não tem mais noção de seus movimentos e ações. Ou, quem sabe, um indivíduo que não tenha mais domínio de suas faculdades mentais. Em ambos os casos, é muito difícil admitir que essa pessoa pudesse exercer um cargo público. Patético o senhor Delegado Waldir, deputado eleito pelo PSL (“Com o coração armado”, 17 de abril).
Rodolfo Carlos Bonventti
São Caetano do Sul, SP
YASCHA MOUNK
Interessante e pertinente a entrevista com Yascha Mounk (“Civilização em risco”, 17 de abril). O nacionalismo deve ser ensinado desde os primeiros anos de escola. Respeitar o hino e a bandeira é um dever de todos os que moram no país. Só que deveria haver uma tarja verde e amarela na “bula” com os dizeres: “Nacionalismo em excesso pode fazer mal à saúde”. Populismo, então, é fatal.
Antonio Sydney Cocco
Santos, SP
J.R. GUZZO
“Lula não está preso por ser uma figura histórica. Está preso porque é ladrão.” J.R. Guzzo, como sempre, foi direto ao ponto (“Bom? Para quem?”, 17 de abril).
José Alcides Muller
Avaré, SP
SENSACIONALISTA
Se fosse possível colocar sirenes nas urnas cariocas, como sugere a piada da seção Sensacionalista de 17 de abril, elas evitariam, sim, tragédias, de todos os tipos.
Abel Pires Rodrigues
Rio de Janeiro, RJ
“Quem me apresentou ‘Game of Thrones’ foi VEJA, ao publicar, em 2011, uma reportagem que me deixou curioso e interessado pela série recém-lançada. E um convite irrecusável.”
Joarle Magalhães Soares, Belo Horizonte, MG
AVÓ DE MICHELLE BOLSONARO
A avó da primeira-dama deu azar (“Um dia quero ir lá”, 17 de abril). Teve uma neta casada com um ex-capitão. Se fosse avó da mulher do Lula, a Odebrecht ou a OAS já estariam procurando para ela uma cobertura na Barra da Tijuca. E, na Caixa Econômica Federal, uma “aposentadoria” para viver tranquilamente. A “sorte” não é para qualquer um.
Antonio Sydney Cocco
Santos, SP
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Nem “marxismo cultural” nem “olavismo cultural”. Não é razoável submeter os alunos infantil e mansamente a determinada ideologia, como supostamente ocorreu com o ensino pela esquerda e como se pretende que ocorra, com sinal invertido, no governo atual. O ensino deve ser plural e formar cidadãos conscientes, livres-pensadores, sem amarras ideológicas e com pensamento crítico (“Ministério em transe”, 17 de abril).
Ângela Luiza S. Bonacci
Pindamonhangaba, SP
ROBERTO POMPEU DE TOLEDO
Desconhecia essa verve humorística do articulista. Artigo gostoso de ler (“Brexiting”, 10 de abril).
Roberto Molina Prates
Brasília, DF
Publicado em VEJA de 24 de abril de 2019, edição nº 2631