MORRERAM
Hugh Hefner, criador da revista americana Playboy, que chegou a ser publicada em mais de trinta países. No Brasil, ela foi lançada pela Editora Abril, que publica VEJA. Foi dele a ideia de mesclar fotos de mulheres nuas com reportagens de fôlego. Para começar a empreitada, em 1953, tinha 600 dólares no bolso, fez uma vaquinha com amigos e conseguiu outros 1 000 dólares da mãe. O primeiro pôster central da publicação, um clássico do jornalismo, foi com Marilyn Monroe. Hefner morreu na Mansão Playboy, nas cercanias de Los Angeles, um casarão de 29 quartos onde viveu com a mulher e quatro filhos e que serviu de palco para memoráveis festas e ensaios fotográficos com as famosas coelhinhas. Dia 27, aos 91 anos, de causas não reveladas.
Charles Bradley, cantor americano de soul e R&B. Passou grande parte da vida fazendo cover do astro James Brown (1933-2006). Seu primeiro álbum, No Time for Dreaming, foi lançado em 2011, quando Bradley tinha mais de 60 anos. Seu último disco, Changes (2016), inclui uma releitura da música homônima da banda de heavy metal Black Sabbath — e agradou aos fãs do grupo. Recentemente, cancelou sua vinda ao Rock in Rio, para cuidar da saúde. Dia 23, aos 68 anos, de câncer no fígado, em Nova York.
Elizabeth Dawn, atriz inglesa, famosa por estrelar Coronation Street, a mais longa novela britânica, no ar desde 1960. Durante 34 anos, fez na trama o papel de Vera Duckworth. Nascida em Leeds, Elizabeth foi cantora de boate e trabalhou em comerciais. Em 1974, estreou na produção da ITV, e sua última participação nela se deu em janeiro de 2008, quando sua personagem morreu. Quatro anos antes, Elizabeth havia sido diagnosticada com enfisema. Dia 25, aos 77 anos, de causa desconhecida, em Whitefield, na Grande Manchester, Inglaterra.
Dyrce Drach, advogada carioca que defendeu presos políticos, como Apolônio de Carvalho e Flávio Tavares, durante a ditadura. Trabalhou no escritório de Lino Machado Filho, que chegou a ter 112 processos de perseguidos pelo regime. Em certas ocasiões, mesmo sabendo que seus clientes não seriam soltos, entrava na Justiça com pedido de liberdade apenas para mostrar que os desmandos dos militares não estavam passando despercebidos. Dia 23, aos 86 anos, de causa desconhecida, no Rio.
Publicado em VEJA de 4 de outubro de 2017, edição nº 2550