A velocidade do fenômeno foi superestimada
A meta mais difícil de ser atingida dentro do Acordo de Paris era limitar a 1,5 grau o aumento da temperatura do planeta até 2100, um cenário que muitos consideraram “impossível”. No entanto, segundo estudo da Universidade de Oxford divulgado na última segunda-feira, a velocidade do aquecimento foi superestimada e as chances de a meta ser alcançada são 66% maiores do que se pensava. Mas, para que isso aconteça, é preciso que os esforços para a redução das emissões de carbono cresçam, o que implica zerá-las até 2100.
As energias renováveis ficaram mais baratas
O custo das energias renováveis caiu 23% no mundo em 2016, e a capacidade instalada de plantas de produção energética não poluentes cresceu 10% no mesmo período. A China, o país com o maior nível de poluição, adquiriu mais de 100 gigawatts em plantas de energia solar — sendo 25% somente nos últimos seis meses.
As emissões de carbono se estabilizaram
A liberação de CO2 na queima de combustíveis fósseis se estabilizou nos últimos três anos, especialmente na China. O crescimento próximo de 0% alcançado em 2016 não tem precedentes — e é um primeiro passo para a meta de zerar as emissões de carbono. Até 2013, o crescimento médio das emissões era de 2,3% ao ano.
Já há tecnologia para eliminar CO2 da atmosfera
A eliminação de gás carbônico da atmosfera durante a produção de etanol é uma realidade nos Estados Unidos desde o primeiro semestre de 2017. O processo consiste em capturar o CO2 emitido na produção do combustível feito de milho, induzir o gás a um processo de compressão e transportá-lo para armazenamento. Há ainda a possibilidade de depositá-lo em aquíferos salinos (lençóis de água subterrânea com água salobra não aproveitável).
Publicado em VEJA de 27 de setembro de 2017, edição nº 2549