O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou que se reunirá com o PSL na próxima semana e disse que irá acalmar o partido. “PSL é um partido bastante novo. Dos 52 deputados, 48 são novos e estão brigando por espaço. Eu lamento e vou tentar acalmá-los. Se nós começarmos desunidos, fica difícil conseguir maioria no parlamento para aprovar o que interessa ao Brasil”, afirmou.
Bolsonaro lembrou que já teve reuniões com quatro partidos. Afirmou que semana que vem estão previstos encontros com mais duas ou três bancadas. Questionado sobre as possíveis indicações já que uma das razões para a briga entre os parlamentares é a vaga de líder do partido, o presidente eleito afirmou que precisa conciliar os interesses partidários com as bancadas temáticas. “Tem muitos nomes bons. Temos que casar com os interesses também da agropecuária, da infraestrutura”, completou.
Na manhã de hoje, Bolsonaro participou da Cerimônia de Declaração de Guardas-Marinha de 2018, na Escola Naval. O evento marca a formatura dos oficiais da Marinha. Agora à tarde, de acordo com sua assessoria, ele não tem nenhuma agenda prevista.
“Bolsonaro vai amenizar tensão no PSL, diz Mourão
O vice-presidente eleito general Hamilton Mourão (PRTB) disse também neste sábado, 8, que o presidente eleito vai interceder para amenizar o clima tenso que se formou no PSL após bate-boca entre integrantes do partido nos últimos dias, que o general chamou “de pequenos problemas”.
“Jair Bolsonaro fará o papel de líder (nessa situação)”, disse Mourão. “São pequenos problemas. São fáceis de resolver com liderança hábil. O Jair Bolsonaro fará”, disse ele. As disputas ficaram mais acaloradas nos últimos dias, com direito a duras trocas de mensagens por redes sociais e públicas entre membros do PSL. Os protagonistas do mal-estar foram a deputada federal eleita Joice Hasselman (SP) e o filho do presidente eleito Eduardo (SP), deputado federal reeleito, além do deputado federal e senador eleito Major Olímpio (SP).
(com Estadão Conteúdo e Reuters)