Apontada em todas as pesquisas de intenção de voto como candidata à Presidência em 2018, a ex-senadora Marina Silva (Rede) disparou nesta quinta-feira uma série de 12 mensagens no Twitter para atacar o governo de Michel Temer (PMDB).
Marina disse que Temer usa o cargo de presidente da República como um escudo para proteger a si próprio. “É vergonhosa a situação do governo, refém do silêncio de seus aliados na prisão para criar um pretenso ambiente de estabilidade política.”
A ex-senadora diz que a defesa de Temer abusa de adjetivações para desqualificar a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente. “A sequência repugnante dos fatos não tem nada de ‘chocha, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente’, como supõe a defesa de Temer”, declarou.
Ela argumenta que a desconstrução da denúncia fragiliza o trabalho de instituições republicanas. Segundo Marina, a estratégia passa a impressão de que há pessoas “intocáveis pelo cargo que ocupam” e que podem “passar impunes de qualquer prova de envolvimento criminal”.
“Diante do amplo acervo de provas e das outras investigações, a sociedade não aceita a autoproclamada ‘inocência cristalina’ de Temer”, disse. Ela declarou que a crise enfrentada pelo país “não será revertida pelo governo que negligencia a realidade como sendo obra de ficção”.
Apesar das críticas, Marina não deixou claro se defende a saída de Temer. Na última pesquisa Datafolha, divulgada no final de junho, a ex-senadora aparece em segundo lugar na corrida presidencial. Ela caiu de 24% para 15% das intenções de voto e está empatada tecnicamente com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O ex-presidente Lula (PT) lidera a disputa, com 30%.