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Temer e DEM disputam João Doria para 2018

Partidos monitoram situação do tucano e tentam seduzi-lo com a proposta de concorrer a presidente da República

Por Da Redação
Atualizado em 11 ago 2017, 16h54 - Publicado em 11 ago 2017, 08h32
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  • O presidente Michel Temer (PMDB) e o DEM cresceram os olhos para cima do prefeito de São Paulo, João Doria, e passaram a articular nos bastidores para tirá-lo do PSDB. Ambos tentam seduzir o tucano com a oferta de lançá-lo candidato à Presidência da República nas eleições de 2018. Segundo o jornal Estado de S.Paulo, Temer disse ao prefeito que “as portas do PMDB estão abertas” para que ele dispute o Planalto.

    Temer fez o convite durante um encontro com o tucano na Prefeitura de São Paulo, na segunda-feira. A ideia dos partidos é aproveitar as cisões internas do PSDB para garantir uma candidatura estável a Doria. No momento, o único político da sigla que admite publicamente a intenção de concorrer à Presidência é o governador paulista, Geraldo Alckmin — padrinho político de Doria. Para evitar constrangimentos, o prefeito nega que tenha o interesse de disputar a indicação do partido com Alckmin, seu criador.

    Para o DEM, a alternativa seria lançar a candidatura de Doria em uma chapa composta por políticos nordestinos. Os nomes cogitados são o do prefeito de Salvador, ACM Neto, e o do ministro da Educação, Mendonça Filho. A moeda de troca seria o apoio do paulistano às candidaturas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao governo do Rio de Janeiro e do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) ao governo de Goiás.

    A assessoria de Temer negou que o presidente tenha feito o convite a Doria. O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), também rechaçou qualquer articulação para trazer o prefeito ao partido. Por ora, as tratativas estão em sigilo para evitar represálias de Alckmin. Segundo o Estado, a mudança de sigla só será cogitada por Doria se a cúpula vetar sua candidatura ao Planalto. O presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati (CE), e outros quadros históricos, como o o ex-governador Alberto Goldman e José Aníbal, são nomes que desaprovam a escolha do prefeito.

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