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Temendo ameaças, Jean Wyllys desiste de mandato e viverá fora do Brasil

Pelas redes sociais, parlamentar afirmou que se 'preservar' é 'estratégia de luta por dias melhores' e que se dedicará à carreira acadêmica

Por Da Redação
Atualizado em 24 jan 2019, 18h41 - Publicado em 24 jan 2019, 15h50
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  • O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) - 04/09/2018 (Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

    O deputado federal reeleito Jean Wyllys (PSOL-RJ) anunciou nesta quinta-feira 24 que desistiu de assumir o terceiro mandato como parlamentar pelo Rio de Janeiro em virtude de ameaças contra sua vida.

    Ele afirmou que viverá fora do Brasil, se dedicando à carreira acadêmica. “Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores”, escreveu. Jean era o único deputado federal assumidamente homossexual do Congresso Nacional.

    Jornalista de formação, Jean Wyllys se tornou uma figura nacional após a sua participação no reality show Big Brother Brasil, da TV Globo, do qual se saiu vencedor. Posteriormente, filiado ao PSOL, iniciou sua carreira política vencendo o pleito para a Câmara dos Deputados em 2010. Foi reeleito em 2014 e mais uma vez neste ano.

    Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que acompanha a nota publicada nas redes sociais do deputado, Jean afirma que tomou a decisão após alguns meses vivendo sob escolta policial a partir do assassinato da vereadora Marielle Franco, que era sua correligionária.

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    Segundo o parlamentar, ele sofreu nos últimos meses episódios de agressividade em locais públicos, que citavam notícias falsas produzidas sobre ele, como a de que ele teria feito “elogio da pedofilia”. “Eu vi minha reputação ser destruída por mentiras e eu, impotente, sem poder fazer nada. Isso se estendendo à minha família. As pessoas não têm ideia do que é ser alvo disso”.

    Para exemplificar o risco que avalia correr, Jean Wyllys cita uma medida cautelar emitida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que, segundo ele, considerava “pífia” a proteção que o Estado brasileiro oferecia a ele. De acordo com o parlamentar, a resposta do governo foi de não reconhecer a existência de uma violência homofóbica no Brasil.

    Questionado sobre a atuação em defesa dos direitos da população LGBT, o deputado afirmou que “há tantas maneiras maneiras de lutar por essa causa que não passam pelo espaço da institucionalidade”. “Para o futuro dessa causa, eu preciso estar vivo. Eu não quero ser mártir. Eu quero viver”, afirmou.

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