Depois do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o governador de Goiás, Marconi Perillo, também desistiu nesta segunda-feira de concorrer à presidência do PSDB e passou a defender que o cargo seja ocupado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. A expectativa é que o lançamento de Alckmin como candidato de consenso à presidência do partido, na noite desta segunda-feira, conte com a participação de Tasso, Perillo e outros tucanos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A escolha do novo presidente tucano será no dia 9 de dezembro, na convenção nacional do PSDB.
A avaliação de interlocutores do governador paulista é a de que uma eventual disputa entre o cearense e o goiano poderia deixar a sigla ainda mais fragmentada e poderia ter reflexos na costura das alianças partidárias do PSDB na campanha de 2018. “Temos dois pré-candidatos, Tasso e Marconi Perillo, eu nunca me coloquei como pré-candidato e, se puder ajudar a unir o partido, vamos avaliar” declarou Alckmin nesta segunda-feira, depois de participar do seminário Amarelas ao Vivo, promovido por VEJA.
Com o recuo do prefeito de São Paulo, João Doria, em buscar uma candidatura presidencial, Geraldo Alckmin se tornou o principal nome do partido para a disputa ao Palácio do Planalto.
Na convenção partidária marcada para o dia 9 de dezembro, o partido deverá romper com o governo do presidente Michel Temer (PMDB). A tendência é que os ministros do partido – Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos) – deixem os cargos ou, se permanecerem, fiquem na cota pessoal de Temer.
Para não se manter distante do presidente, Alckmin deve fazer uma defesa da aprovação da nova versão da reforma da Previdência pela Câmara. A avaliação de aliados é que ele reconstruiu nos últimos meses as pontes com Temer, participando de uma série de agendas públicas com ele.
Geraldo Alckmin atuou nos bastidores para que a os deputados do PSDB apoiassem a aceitação da primeira denúncia contra o presidente, em agosto. Os parlamentares tucanos, entretanto, ficaram divididos na ocasião.