O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou na tarde desta terça-feira o pedido de prisão preventiva de Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Rio-2016, feito pelo Ministério Público Federal (MPF) na semana passada.
O ex-cartola havia sido preso no início de outubro do ano passado durante a Operação Unfair Play, um desdobramento da Lava Jato que investiga suposto esquema de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Ele ficou preso por duas semanas, mas ganhou liberdade após pedido de habeas corpus apresentado pela defesa.
Na semana assada, o MPF encaminhou parecer ao STJ defendendo o retorno de Carlos Arthur Nuzman à prisão. Os procuradores argumentavam que Nuzman poderia destruir provas e prejudicar as investigações. Em julgamento nesta terça, contudo, a Sexta Turma do tribunal negou o novo pedido por unanimidade. Compõem o colegiado os ministros Maria Thereza de Assis Moura, Sebastião Reis Júnior, Rogério Schietti Cruz, Nefi Cordeiro e Antonio Saldanha Palheiro.
A defesa do ex-dirigente comemorou a decisão. “A decisão é justa e correta, no passo em que erigiu um muro de contenção ao apetite acusatório por arbitrária e descabida prisão preventiva”, afirmou, em nota o advogado Nélio Machado. “A manutenção da liberdade foi assegurada, por unanimidade, pelos Ministros da Sexta Turma. A defesa agora espera que a denúncia seja rejeitada diante da falta de justa causa para ação penal”.