Ao assumir nesta quarta-feira (2), o cargo de ministro-chefe do Gabinete Institucional (GSI), o general Augusto Heleno disse que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), cassada após um processo de impeachment, em 2016, destruiu o sistema de inteligência no país. O novo titular do GSI afirmou, ainda, que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) terá um “trabalho penoso” pela frente.
“Esse sistema foi recuperado pelo general Etchegoyen e foi derretido pela senhora Rousseff, que não acreditava em inteligência”, declarou Heleno, na solenidade de transmissão de cargo, ao elogiar o general Sérgio Etchegoyen, responsável pelo GSI no governo de Michel Temer.
No Salão Nobre do Palácio do Planalto, houve burburinho na plateia. Muitos riram. Em seu rápido discurso, Heleno também disse estar integrado a uma “equipe excepcional” e unida. “Temos um trabalho que será penoso, mas que, tenho certeza, nos conduzirá a novo destino”, comentou o novo ministro do GSI.
O agora ex-ministro general Etchegoyen destacou o trabalho feito durante o governo Temer. “Se o título do governo que se encerrou poderia ser crise, seu lema foi coragem”, disse Etchegoyen. Segundo ele, a maior manifestação do governo Temer foi rejeitar a trilha percorrida tantas vezes do populismo irresponsável.
Também empossado nesta quarta, o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, disse esperar que pela primeira vez o liberalismo econômico seja implementado em favor de todos no Brasil. Em discurso, ele também ressaltou sua confiança no futuro trabalho do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O novo ministro da Secretaria de Governo, o general da reserva Santos Cruz, disse que a pasta continuará sendo um ponto de entrada de relacionamento com a Presidência da República. Ao discursar na cerimônia de transmissão de cargo no Palácio do Planalto, Santos Cruz disse que irá atender no ministério todos os segmentos, sem nenhum tipo de restrição.
(com Estadão Conteúdo)