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Se for eleito, Ciro diz que revogará reformas do governo Temer

Pré-candidato pelo PDT, ele ainda ameaça retomar campos de petróleo vendidos pelo governo que, para ele, tem 'uma ferida de origem, que é a ilegitimidade'

Por Da Redação
Atualizado em 26 set 2017, 22h20 - Publicado em 26 set 2017, 14h07
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  • Pré-candidato do PDT à Presidência da República na eleição de 2018, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes declarou nesta terça-feira que pretende revogar todas as reformas aprovadas no governo de Michel Temer (PMDB) caso seja eleito para suceder-lhe no ano que vem. Ele é o segundo presidenciável a defender essa proposta: em discurso após o último depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que pode convocar um plebiscito para rever a reforma trabalhista.

    Segundo Ciro, que participou de uma sessão de perguntas e respostas enviadas por usuários do Twitter na sede brasileira da empresa, em São Paulo, “todas as reformas que Temer fizer têm uma ferida de origem, que é a ilegitimidade”. “Portanto, sim, serão revogadas todas e substituídas”, disse. O pedetista também reafirmou que pretende, se chegar ao Planalto, expropriar os campos de petróleo vendidos a empresas estrangeiras no governo Temer “com as devidas indenizações”.

    Para o ex-governador, a Petrobras é uma das ferramentas para a saída da atual crise econômica e precisa ser “reforçada, capitalizada”. “Portanto, quem quiser comprar agora, fique sabendo que, se este que vos fala for à Presidência da República, todos os campos serão devolvidos ao controle do povo brasileiro”, afirmou.

    Sobre a atual divisão do campo progressista da política brasileira, Ciro Gomes disse ser necessário construir um projeto nacional que consiga unir a esquerda e o centro, mas que não pode ser feito nos mesmos moldes do anterior. “Se for para aplicar, sob jugo do PT, uma aliança com Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Eduardo Cunha e Michel Temer, isso é o que deu no que deu aí. Portanto, eu estou fora”, declarou.

    Marina

    O ex-governador também procurou manter certa distância do ex-presidente Lula, a quem chamou de “figura extraordinária, que fez muito bem a muitos brasileiros”, mas ao mesmo tempo alguém que “por vaidade, descontrole, falta de gente que dissesse a ele que não fizesse, fez muita bobagem”. Questionado por um dos internautas sobre uma possível composição de chapa com Marina Silva (Rede), o pedetista afirmou que seria uma “possibilidade absolutamente generosa”, pois a ex-ministra do Meio Ambiente é “uma excelente pessoa”.

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    Apesar disso, os dois teriam divergências de visão de país. “E eu também tenho certa queixa de que pessoas que não governaram suas cidades, seus estados, querem ter como primeira experiência política a complexa tarefa de governar o país numa situação grave como essa”. Ciro foi ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, governador do Ceará e prefeito de Fortaleza.

    Nessa crítica, o foco do pedetista, no entanto, não foi Marina, mas o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ): “Vine e seis anos de deputado federal, nunca aceitou ser prefeito, nunca tentou ser governador do estado e, agora, quer ser presidente da República a golpes de frase feita”, criticou.

    (Com Estadão Conteúdo)

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