Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Regina Duarte promove primeiras demissões na Secretaria da Cultura

O guru bolsonarista Olavo de Carvalho lamentou as exonerações; um dos nomes substituídos foi o do maestro terraplanista Dante Mantovani, da Funarte

Por Da Redação Atualizado em 4 mar 2020, 10h23 - Publicado em 4 mar 2020, 08h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Regina Duarte, que tomará posse como nova secretária de Cultura nesta quarta-feira, 4, às 11h, promoveu as primeiras demissões de integrantes da pasta. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

    A portaria, assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil Walter Braga Netto, exonera Paulo Cesar Brasil do cargo de presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram); Reynaldo Pereira do cargo de secretário da Economia Criativa da Secretaria Especial da Cultura; Rodrigo Junqueira do cargo de secretário de Difusão e Infraestrutura Cultural da Secretaria Especial da Cultura; Camilo Calandrelli do cargo de secretário de Fomento e Incentivo à Cultura da Secretaria Especial da Cultura; Marcos Villaça Azevedo do cargo do cargo de secretário de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual da Secretaria Especial da Cultura; e Dante Mantovani do cargo de Presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte).

    Olavista e terraplanista, o maestro Dante Mantovani ficou conhecido por afirmar, em um dos vídeos em seu canal no YouTube, que o rock tem uma ligação com drogas, sexo, aborto e satanismo. “O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”, afirmou.

    Em um outro vídeo, Mantovani defendeu a influência de Olavo de Carvalho no governo de Jair Bolsonaro. Para o então presidente da Funarte, o guru, por ser um “filósofo”, deve influenciar ideologicamente o país. “Se nós temos um filósofo, em primeiro lugar, vamos ficar quietinho e aprender com ele”, disse. Quem assumirá a presidência da Funarte será Marcos Teixeira Campos – na terça-feira 3, o Diário Oficial da União informou sua nomeação como “substituto eventual” do cargo.

    Continua após a publicidade

    Os outros demitidos são Mauricio Noblar Waissman, coordenador-geral da Política Nacional de Cultura Viva, do Departamento do Sistema Nacional de Cultura; Gislaine Targa Neves Simoncelli, chefe de gabinete da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura; Ricardo Freire Vasconcellos, diretor do Departamento do Sistema Nacional de Cultura; Raquel Cristina Brugnera, chefe de gabinete da Secretaria da Economia Criativa; e Ednangela dos Santos Barroso dos Santos, diretora do Departamento de Promoção da Diversidade Cultural.

    Em seu perfil no Facebook, Olavo de Carvalho lamentou as demissões e afirmou: “Aplaudir a indicação da Regina Duarte parece ter sido uma cagada minha, mais uma entre tantas”. Antes disso, o guru bolsonarista já havia feito uma cobrança pública pelo expurgo que a atriz pretende realizar na pasta. O polemista ficou incomodado com a informação revelada por VEJA de que ela priorizou a escolha de um corpo técnico para formar a nova configuração da pasta.

    Também em sua conta no Facebook, Olavo afirmou que “se a Regina Duarte quer mesmo se livrar de indicados do Olavo de Carvalho, a pessoa principal que ela teria de botar para fora do Ministério seria ela mesma”, uma vez que “ao cogitar o seu nome para o posto, a primeira opinião que o sr. presidente da República quis ouvir a respeito foi a minha”.

    Continua após a publicidade

    Um dos nomes que escapou das exonerações foi Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, rejeitado pelo movimento negro por relativizar temas como a escravidão e o racismo – Camargo já chegou a dizer, por exemplo, que a escravidão “foi benéfica” para os negros. Nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro, que já havia dito que a escolha de Sérgio Camargo era “excelente”, publicou, em suas redes sociais, uma foto com o presidente da Fundação Palmares.

    Além de Sérgio Camargo, foram mantidos nos cargos a presidente da Casa de Ruy Barbosa, Letícia Dornelles; e o presidente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira.

    Continua após a publicidade

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.