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Quem é o ex-aliado que denunciou agressão de Bolsonaro a Michelle

Deputado Julian Lemos (União Brasil-PB) coordenou campanha bolsonarista no Nordeste em 2018 e abandonou o capitão na época da briga com Bebianno

Por Diogo Magri 8 nov 2022, 12h23

O deputado Julian Lemos (União Brasil-PB), ex-aliado de Jair Bolsonaro, ganhou repercussão nas redes ao denunciar, sem provas, que o presidente teria agredido a primeira-dama Michelle Bolsonaro e que a relação de ambos seria “de fachada”.

“Ela não quer nem ver ele. Nas primeiras férias dele, que ele foi pra uma ilha, ela foi colocar um silicone e ele deu uns tapas nela”, declarou Lemos durante uma entrevista na Paraíba. O parlamentar ainda acrescentou que Michelle não estava presente no primeiro discurso do presidente após perder as eleições porque “estava toda marcada”, sem apresentar provas ou detalhar como ficou sabendo das supostas agressões.

Mas essa não foi a primeira vez que Julian bateu de frente com o presidente e seu círculo mais íntimo. O deputado foi eleito na onda bolsonarista em 2018, quando também coordenou a campanha de Bolsonaro no Nordeste. O rompimento veio já no ano seguinte, quando Lemos ficou do lado do ex-ministro Gustavo Bebianno nas brigas com o presidente e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Tanto que ele permaneceu no PSL e hoje integra o União Brasil, que surgiu da fusão do PSL e do DEM.

Desde então, o deputado troca acusações com os filhos de Bolsonaro e acusa o presidente de ter traído seus apoiadores. Ele já foi às redes para chamar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de covarde, desonesto, maconheiro, mimado e mentiroso, além de outros ataques de cunho sexual, e se disse vítima da “Gestapo de Eduardo Bolsonaro”, cujo objetivo seria “eliminar moralmente, politicamente e até a vida dos que não se submetem a toda esta farsa”. Lemos ainda disse, sempre sem provas, que o filho Zero Três teria usado recursos do fundo partidário para dar de entrada na compra de um apartamento. 

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No último 30 de outubro, Julian voltou às redes sociais para responsabilizar a “traição” de Bolsonaro como motivo que o levou à derrota para Luiz Inácio Lula da Silva. “Os votos que faltaram para que Jair Bolsonaro fosse reeleito foi (sic) o daqueles que eles humilharam e perseguiram. 80% dos leais que estiveram ao seu lado quando era apenas uma esperança foram deixamos para trás. Gustavo Bebianno, Major Olimpio, descansem em paz”, tuitou.

Desde então, também criticou as manifestações golpistas que contestam o resultado eleitoral e os pedidos de intervenção militar, além de se referir a Bolsonaro como um “ditador” e pedir a prisão de Carlos e Eduardo.

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