Uma pesquisa do Instituto Guimarães, encomendada pelo DEM, mostrou um aumento na rejeição dos entrevistados aos partidos políticos brasileiros. Chama a atenção nos resultados, divulgados pela coluna da jornalista Mônica Bergamo no jornal Folha de S.Paulo, a posição do PSDB e do PMDB, que aparecem pior que o PT e contam com a animosidade de três em cada quatro pessoas ouvidas pelo instituto.
Do total dos consultados, apenas 13%, em média, defendem tucanos e peemedebistas. Apesar de estar melhor que os concorrentes, o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, também conta com uma alta rejeição do eleitorado, estimada em 62%, frente a 28% que aprovam a atuação da legenda.
Segundo a coluna, o DEM recorreu à pesquisa para planejar sua refundação, na qual deve mudar de nome, fazer ajustes em seu programa e filiar novos quadros, de olho nas eleições de 2018. O partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), teria se surpreendido com a sua própria rejeição, de cerca de 60%, próxima a dos petistas.
A filiação de novos quadros ao Democratas é uma das polêmicas envolvendo a relação atual de Maia com o presidente Michel Temer (PMDB). O partido viu nomes do PSB que negociavam uma adesão com a legenda serem absorvidos pelo PMDB, caso do senador Fernando Bezerra Coelho (PE), o que Maia classificou como “facadas”. Nos bastidores, nomes de fora do DEM já foram cogitados até como possíveis candidatos presidenciais, casos do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e do apresentador Luciano Huck.