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PSB confirma ‘neutralidade’ na disputa presidencial

Convenção oficializou acordo com PT, que incluiu a desistência dos petistas de disputar o governo de PE e a retirada de candidatura de Márcio Lacerda em MG

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 6 ago 2018, 12h06 - Publicado em 6 ago 2018, 11h59
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  • O PSB oficializou neste domingo (5) a decisão de não se coligar com nenhum outro partido na disputa à Presidência da República nas eleições 2018. A convenção, realizada em Brasília, foi marcada pelo impasse em relação à candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda ao governo de Minas Gerais.

    A neutralidade na disputa presidencial foi decidida em votação simbólica e confirmou o acordo que a sigla fez com o PT na semana passada. A negociação incluiu a desistência dos petistas de disputar o governo de Pernambuco e a retirada de candidatura de Lacerda em Minas, o que favorece o governador Fernando Pimentel (PT), que tenta a reeleição.

    Durante o encontro, a direção nacional do PSB decidiu anular a convenção do partido em Minas Gerais que confirmou, no sábado, a candidatura de Lacerda. Apenas a lista de deputados federais e estaduais aprovada foi mantida.

    No evento, Lacerda fez um discurso de 43 minutos em que apelou à direção nacional para que continuassem discutindo a questão. Após a convenção, ele se reuniu com dirigentes do partido na sede do PSB em Brasília. “Não posso me coligar com o PT em Minas Gerais (para disputar o Senado). Eu não teria os votos petistas e ainda perderia os outros”, disse Lacerda durante o encontro no sede da sigla.

    Candidato do PSDB ao governo mineiro, o senador Antonio Anastasia convidou Lacerda para disputar o Senado na coligação tucana. A ideia agrada ao ex-prefeito de Belo Horizonte, mas esbarra nos termos do acordo entre PSB e PT.

    O presidente do PSB, Carlos Siqueira, inicialmente favorável a apoiar o pedetista Ciro Gomes, rechaçou o termo neutralidade e disse que a decisão é a de não coligar com candidatos que se colocaram. “Isso não significa neutralidade, porque neutralidade não existe nem nas pessoas e nem nos partidos”, disse.

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