O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, criticou nesta sexta-feira a avaliação feita pela Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a onda de notícias falsas nas eleições brasileiras. O dirigente do partido do candidato Jair Bolsonaro classificou a entidade “de esquerda” e com “baixa credibilidade”.
Laura Chinchilla, chefe da missão de observação eleitoral da OEA no Brasil, disse que o uso do WhatsApp para disseminação de notícias falsas na eleição brasileira é um caso “sem precedentes”. As declarações foram dadas após um encontro entra ela e o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, na manhã de quinta-feira (25) em São Paulo.
“Ela está falando de quem? Ela tem que falar do PT. Nós não produzimos fake news. Ela está falando do PT. Mas como ela é esquerdista, então ela não fala do PT. Ela vai lá, acariciar. A OEA tem zero credibilidade para a gente”, disse Bebianno.
Segundo a chefe da missão da OEA, ao contrário de outras eleições marcadas pelas chamadas fake news, no caso brasileiro a disseminação das mentiras migrou das redes públicas como Facebook para uma rede de uso privado, o WhatsApp, o que torna mais difícil a investigação.
Bebianno também criticou o sistema eleitoral brasileiro e se queixou do órgão por não reconhecer supostas fraudes na eleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014 , que venceu com margem apertada o senador Aécio Neves (PSDB). Para ele, a OEA “finge que está tudo bem”, quando o Brasil tem um sistema eleitoral “que não está envolto pela transparência, pelo princípio da transparência”.
Bebianno também disse que, caso seja eleito no domingo, Bolsonaro não pretende conceder entrevista após a apuração por razões de segurança. “A previsão é que sejam 500.000 pessoas aqui no domingo e a previsão é fechar a praia no domingo. Estamos conversando com a polícia.”
(com Reuters)