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Presidente da Alerj demite assessora citada em relatório do Coaf

Durante 'reformulação de quadros', petista André Ceciliano deixou de fora do gabinete Elisângela Barbiere, citada por movimentação de R$ 26,5 milhões

Por Da Redação
Atualizado em 12 fev 2019, 18h37 - Publicado em 12 fev 2019, 14h58
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  • O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual André Ceciliano (PT), exonerou Elisângela Barbiere de sua assessoria pessoal. A agora ex-assessora foi citada no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como aquela com a maior movimentação financeira entre os funcionários da Alerj investigados pelo órgão do governo federal.

    Edição da última sexta-feira do Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro trouxe a nomeação de Sheila Castelo Branco para ocupar a função antes exercida por Elisângela, que, com uma remuneração de cerca de 5.000 reais por mês durante o período de atuação no gabinete de Ceciliano, teria movimentado 26,5 milhões de reais entre 2011 e 2017, segundo o jornal O Globo.

    Procurado por meio de sua assessoria, Ceciliano, que há dez dias foi eleito presidente efetivo da Alerj, informou ter exonerado todos os membros do seu gabinete no último dia 31, incluindo Elisângela. Questionada se todos os funcionários foram substituídos, a assessoria do parlamentar admitiu que “alguns já foram renomeados, não é o caso dela”.

    “Todos os funcionários de todos os gabinetes foram exonerados no dia 31 de janeiro para a reformulação dos quadros com a nova legislatura. Alguns já foram renomeados, não é o caso dela [Elisângela]. Isso faz parte dos cortes já previstos em ato da antiga Mesa Diretora, que deliberou em 14 de janeiro que o corte de sessenta para até quarenta cargos por gabinete”, afirmou a assessoria do parlamentar.

    O relatório que cita Elisângela é o mesmo que ganhou destaque pela apuração sobre Fabrício Queiroz, que trabalhava para o ex-deputado estadual e senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Movimentação financeira de 1,2 milhão de Queiroz foi considerada incompatível com os vencimentos dele pelo Coaf e provocou uma investigação, conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e que também analisa indiretamente a conduta do próprio senador.

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