O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), cobrou nesta quarta-feira, 14, o fim do que classificou de “terceiro turno” das eleições e afirmou que a informação de que procuradores suspeitam de que ele esteja envolvido em um segundo caso de caixa dois é “requentada”.
A fala de Onyx foi uma resposta à reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta quarta-feira, que afirma que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga uma planilha entregue por delatores da JBS que sugere pagamento via caixa dois de uma segunda doação eleitoral a Onyx, não admitida até o momento por ele. De acordo com o jornal, Onyx é suspeito de ter recebido 100.000 reais em espécie no ano de 2012 em meio às eleições municipais daquele ano. Naquela eleição Onyx não concorreu a nenhum cargo, mas era presidente do DEM no Rio Grande do Sul, disse o jornal.
No ano passado, Onyx admitiu ter recebido 100.000 reais para a campanha de 2014, em que foi eleito para a Câmara dos Deputados, em doação não declarada à Justiça Eleitoral.
“Quem sabe vamos parar com o terceiro turno e vamos dar condições a que o governo se instale com tranquilidade em respeito à decisão das urnas”, questionou o futuro ministro, em tom duro, em pronunciamento na chegada ao escritório da equipe de transição em Brasília.
No pronunciamento feito nesta manhã, o futuro ministro atacou a Folha ao dizer que o jornal “requenta” uma informação do ano passado de um repasse feito por uma pessoa que não sabe quem é. Onyx disse nada temer e que não é a primeira vez que tentam envolvê-lo em corrupção. “Eu não temo. Tenho a verdade comigo. Quando a verdade foi dura contra mim, ela foi usada contra mim. A verdade para mim é um valor do qual eu não me afasto”, disse.