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PF pretende usar regra sobre debates para limitar proteção a candidatos

Aumento do número de postulantes ao Planalto faz corporação buscar critério para justificar o não acompanhamento permanente de todos os concorrentes

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 8 ago 2018, 14h45 - Publicado em 8 ago 2018, 09h06

Responsável pelo esquema de proteção dos candidatos à Presidência da República ao longo da campanha, a Polícia Federal pretende limitar, neste ano, a segurança para representantes de partidos nanicos — com menos de cinco parlamentares na Câmara dos Deputados. Nem todos terão policiais à disposição 24 horas por dia.

A PF já entrou em contato com candidatos para informar sobre o funcionamento do esquema de segurança. Uma fonte da corporação informou que será usada a métrica da legislação eleitoral para convite de debates em emissoras de televisão — candidatos cujos partidos contam com cinco ou mais parlamentares no Congresso terão “segurança dedicada”, ou seja, 24 horas e durante toda a campanha.

Os presidenciáveis sem essa representação mínima também terão segurança, mas apenas em ocasiões específicas previamente informadas à PF. É o caso dos candidatos José Maria Eymael (DC), João Amoêdo (Novo), João Goulart Filho (PPL) e Vera Lúcia (PSTU). Marina Silva (Rede), com apenas dois deputados e um senador, também não teria direito, mas, no caso dela, será levada em consideração sua posição nas pesquisas de intenção de votos, o que a coloca em situação diferente da dos nanicos.

Para a PF, o número maior de candidatos ao Palácio do Planalto e a disseminação de “eventos espontâneos” — como a recepção a políticos em aeroportos — são os maiores desafios na garantia da segurança dos presidenciáveis nesta campanha.

A atuação da PF na segurança dos candidatos é prevista em lei e tem como objetivo viabilizar o exercício democrático da escolha do novo chefe do Executivo nacional. Todo o custeio e organização das viagens para os policiais envolvidos na segurança, inclusive os gastos com reservas de hotel, é bancado pela própria corporação. Ainda não há estimativa dos gastos. Inicialmente, cada candidato terá uma equipe com vinte policiais — o número pode ser maior dependendo do local ou risco do evento.

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Candidatos

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, já estava sendo acompanhado por agentes nesta terça-feira 7, quando chegou à Câmara. A assessoria do senador Alvaro Dias também confirmou que o candidato do Podemos terá proteção pessoal.

Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e Henrique Meirelles (MDB) ainda não sabem se vão utilizar a proteção da PF. A equipe de Marina Silva (Rede) ainda vai conversar com a corporação sobre o esquema de segurança. A campanha do PT informou não ter sido comunicada oficialmente pela Polícia Federal, e Geraldo Alckmin (PSDB) não se manifestou.

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