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PF prende Nuzman em investigação sobre compra de votos

Presidente do COB é acusado de ser 'agente responsável' por repassar propina a dirigentes africanos em troca de votos para Rio sediar Jogos Olímpicos

Por Da Redação
Atualizado em 5 out 2017, 09h55 - Publicado em 5 out 2017, 07h32
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  • A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quinta-feira o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, em investigação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, informou a PF.

    Além de Nuzman, o ex-diretor do COB e do Comitê Rio 2016 Leonardo Gryner também foi preso, acrescentou a PF em comunicado. A ação desta quinta é um desdobramento da Operação Unfair Play, deflagrada há um mês  pela PF e pelo Ministério Público Federal em parceria com a procuradoria francesa. Os mandados expedidos são de prisão temporária, com prazo inicial de cinco dias. A PF também cumpre seis mandados de busca e apreensão, todos no Rio de Janeiro.

    Na primeira fase da operação, no início de setembro, Nuzman, de 75 anos, havia sido alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa no Rio e levado à PF para prestar depoimento. Segundo a PF, Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

    As autoridades dizem que Nuzman foi o “agente responsável” por viabilizar repasse de propina do grupo criminoso do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para a compra de votos de dirigentes africanos na eleição de 2009 do Comitê Olímpico Internacional (COI) para escolha da sede dos Jogos de 2016. O presidente do COB  nega ter cometido qualquer irregularidade.

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    Participação ‘bem mais relevante’

    No despacho em que autorizou as prisões, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, afirmou que novas provas apresentadas pelos investigadores indicam participação “bem mais relevante” de Carlos Arthur Nuzman no esquema de compra de votos para escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016.

    Segundo o magistrado, Nuzman aparentemente atuou “direta e ativamente em negociação espúria” para que membros do COI escolhessem a cidade brasileira para sediar a Olimpíada.

    Além disso, o dirigente mantinha recursos ocultos no exterior e só os declarou à Receita Federal após deflagração da operação Unfair Play, incluindo 16 barras de ouro de 1 quilo cada depositadas na Suíça, acrescentou o juiz em seu despacho.

    (Com Reuters)

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