Reportagem de VEJA desta semana reconstitui o assassinato do empresário José Roberto Soares Vieira, executado com nove tiros no último dia 17 de janeiro. Conhecida como “Roberto do PT”, a vítima foi vice-prefeito de Ourolândia, interior da Bahia, de 2011 a 2016. O empresário, que mantinha em seu nome o diretório municipal do partido, teve um papel de destaque na expansão da legenda na região. Ele chegou a ser apoiado pelo ex-governador Jaques Wagner e o deputado federal Nelson Pellegrino. Mas Roberto Soares acabou sendo isolado por membros do partido baiano, sobretudo após colaborar com a Operação Lava Jato no fim do ano passado.
A morte do ex-vice-prefeito foi ignorada pelos seus companheiros de partido. O PT, que governa a Bahia há onze anos, não divulgou uma nota sequer sobre o assassinato do empresário. Procurada, a assessoria de imprensa do PT da Bahia disse que não iria se manifestar, porque Roberto Soares “não era mais” do partido há muito tempo. Procurada, a assessoria de imprensa do PT nacional disse o contrário – que o empresário continuava filiado ao partido mas que não divulgou nota sobre a sua morte porque “passou batido”. Em Ourolândia, as homenagens ao ex-vice-prefeito se limitaram a velar o seu corpo na Câmara de vereadores. Nenhuma liderança petista expressiva compareceu ao local.
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