O ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, reforçou que o nome do partido para a eleição presidencial será escolhido na convenção da legenda entre ele e o presidente Michel Temer. Ele afirmou que está conversando com o ex-chefe e que no momento oportuno será definido qual dos dois será o candidato do MDB.
Em um almoço com 130 empresários do Conselho das Câmaras de Comércio e Indústria dos países da União Europeia no Brasil (Eurocâmaras), Meirelles evitou responder se considera seu nome melhor que o de Temer. Afastando a possibilidade de ser candidato a vice, ele afirmou que apoiará o candidato de seu partido, seja qual for a decisão da legenda.
Para Meirelles, candidatos reformistas devem ter um desempenho acima do que as pesquisas mostram atualmente. Ele também disse que não é o “candidato do mercado” e acredita que o o processo eleitoral vai levar a uma consolidação das candidaturas de centro.
Em pesquisa Ibope com eleitores de São Paulo divulgada nesta terça-feira, o ex-ministro oscila de 0% a 1%. “O eleitor não espera candidato com declaração bombástica, carisma”, destacou. Perguntado sobre como “conquistar o coração dos eleitores”, Meirelles disse que a campanha eleitoral, com o tempo de rádio e TV, é fundamental para falar como as coisas precisam ser feitas.
Henrique Meirelles afastou a possibilidade de uma aliança entre o MDB e o PSDB em São Paulo. Ele afirmou que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB), é um bom candidato e está bem nas pesquisas, o que não permite ao partido abrir mão de ter candidato próprio em favor de uma coligação.
Indefinição
O governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira (MDB), disse nesta quarta, após encontro com o presidente Michel Temer, que o quadro político “está tão bagunçado no Brasil, que não há uma opinião consistente do que vai acontecer”. “O presidente não manifestou comigo hoje a intenção de ser candidato, foi um assunto que nós não comentamos”, afirmou. Pinho Moreira disse ainda que não tem convicção sobre qual o melhor caminho para Temer. “Inclusive para a sua tranquilidade pessoal. Agora, defender as conquistas do governo, com certeza, alguém vai ter que fazer”, destacou.