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Olímpio diz respeitar oposição e ataca ‘pseudoaliados’ de Bolsonaro  

Para o líder do PSL no Senado, manifestações no domingo servirão para 'chamar a atenção' para atuação de parlamentares que se dizem governistas, mas não são

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 21 Maio 2019, 16h38 - Publicado em 21 Maio 2019, 15h10

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), disse nesta terça-feira, 21, que as manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro marcadas para o próximo domingo, 26, também servirão para chamar a atenção da sociedade para a atuação de parlamentares que se diziam apoiadores do governo, mas que estariam atuando sistematicamente contra as propostas do Palácio do Planalto no Congresso. Ele afirmou ainda que respeita a oposição, em contraponto ao que chamou de “pseudoaliados” de Bolsonaro.

“Pedimos que a população acompanhe como vota e como se posiciona cada um dos parlamentares. Eu respeito a oposição, legítima e democrática, que tem feito um trabalho muito respeitoso com o governo. O que me deixa indignado é o presidente Bolsonaro tomar uma punhalada nas costas por dia de pseudoaliados ou aliados de ocasião”, declarou, após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Sem citar nomes, Olímpio criticou parlamentares de DEM, PR, PP e outros partidos do chamado Centrão que declararam apoio a Bolsonaro nas eleições do ano passado, mas que agora estariam dificultando o avanço dos projetos do governo no Legislativo.

“Cada matéria tem um debate e um resultado diferente. Não dá para enquadrar os partidos, tem que ser por convencimento. Vamos ganhar em umas matérias e perder em outras, mas levar essas punhaladas é muito duro”, completou.

Major Olímpio admitiu que as manifestações de domingo já contam com pautas que não eram as originais da mobilização, propostas por ele e pelo movimento Avança Brasil. “A manifestação ganhou outras conotações, até mesmo de censura de partidos políticos, mas esse não é o nosso objetivo. É uma manifestação pró-Bolsonaro, contra a corrupção, pela diminuição do Estado e em apoio ao pacote anticrime do governo”, destacou.

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Questionado sobre se o ataque a parlamentares no domingo pode tensionar ainda mais a relação entre o Executivo e o Legislativo, o senador criticou a articulação política do próprio governo. “Não faço censura a partidos, mas a pessoas. Doeu ver parlamentares do DEM encabeçarem a tentativa de retirar o Coaf do Ministério da Justiça, enquanto o ministro que comanda a articulação política é do mesmo partido”, afirmou, em referência ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Segundo o senador, o PSL fará uma reunião ainda nesta terça para decidir se apoiará formalmente as manifestações de domingo. “Há segmentos do PSL que não querem participar e respeitamos isso. Mas eu estarei domingo na Avenida Paulista”, concluiu.


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